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Terremoto na Itália mata pelo menos 6 pessoas e fere outras 50

Tremor de magnitude 5,9 graus na escala Richter atingiu região de Emilia Romagna, no norte do país

Pessoas fazem fila para atendimento da Cruz Vermelha em San Felice sul Panaro, outra comuna italiana na região de Emília-Romanha atingida por terremoto (Roberto Serra / Getty Images)

Pessoas fazem fila para atendimento da Cruz Vermelha em San Felice sul Panaro, outra comuna italiana na região de Emília-Romanha atingida por terremoto (Roberto Serra / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2012 às 10h15.

Roma, 20 mai (EFE).- O terremoto de magnitude 5,9 graus na escala Richter que atingiu o norte da Itália nesta madrugada tirou a vida de pelo menos seis pessoas e causou ferimentos em cerca de 50, além de numerosos danos materiais, disse o responsável de Defesa Civil da região Demetro Egli.

A população italiana, que não havia se recomposto ainda da comoção causada pelo atentado a bomba num colégio na cidade de Brindisi (sul do país), amanheceu com a notícia de um terremoto às 4h03 locais (23h03 de sábado de Brasília) na região de Emilia Romagna (norte da Itália), sentido também em outras como Toscana, Vêneto, Lombardia, Trentino-Alto Adige e Friuli Venezia Giulia.

Na fábrica da cidade de Bondeno, na província de Ferrara, região de Emilia Romagna, morreu um trabalhador marroquino de 29 anos, que terminaria seu turno às 5h locais (meia-noite de Brasília). Foi vítima de uma viga que caiu em sua cabeça - outros operários não ficaram feridos.

Na fábrica de cerâmica da cidade de Sant'Agostino, Nicola Cavicchi - que tinha decidido substituir um colega neste domingo - e Leonardo Ansaloni morreram quando trabalhavam no departamento de cocção, esmagados pelo telhado, segundo explicou o representante sindical Victor Battagia.

A alemã Gabi Ehsemann, de 37 anos, que se encontrava na Itália por motivos profissionais, morreu em San Pietro in Casale, Bolonha, provavelmente por causa de uma crise de pânico diante do terremoto, informou o Comando Provincial dos Carabineiros de Bolonha.

Crise de pânico também foi o motivo da morte de uma mulher de mais de 100 anos da cidade de Sant'Agostino, informam fontes médicas.

Um operário da empresa de fundição Tecopress, no distrito de Dosso, em Sant'Agostino, apareceu morto entre as ruínas do teto da fábrica que desabou.

Os dados provisórios de Defesa Civil apontam cerca de 50 feridos em toda a região nordeste da Itália.


Uma hora depois do terremoto, sentido em todo o nordeste da Itália, houve uma réplica de 4,9 graus no norte da província de Modena às 5h03 locais (0h03 de Brasília), que provocou desmoronamentos de algumas fábricas em Bondeno.

A Defesa Civil informou ainda que o sismo derrubou a igreja de San Felice sul Panaro, na província de Modena.

Na cidade de Mirandola, província de Ferrara, os pacientes em estado grave de saúde foram transferidos do hospital local, assim como os idosos de uma casa de repouso.

Além disso, foram detectados graves danos materiais em Ferrara, onde se reportaram à polícia e proteção civil desmoronamentos de numerosas casas e prédios históricos.

O terremoto de 5,9 graus foi revisado pelo Serviço Geológico dos EUA (USGS), que estabeleceu uma magnitude de 6 graus e profundidade de 5,1 quilômetros, em vez dos 10,1 quilômetros que anunciou previamente.

O terremoto, que teve seu hipocentro cinco quilômetros ao leste da cidade de San Felice sul Panaro, segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália, foi precedido por outros dois tremores, um de 4,1 graus às 1h13 local (20h13 de sábado de Brasília) e outro de 2,2 graus à 1h43 local (20h43 de sábado de Brasília).

Em várias cidades, muitas pessoas saíram às ruas em pânico ao sentirem o tremor, que durou cerca de 20 segundos.

Os italianos reviveram o terremoto dos Abruzos (centro da Itália), que em 6 de abril de 2009 - com magnitude de 5,8 graus na escala Richter - provocou a morte de 308 pessoas, 1,6 mil feridos e milhares de refugiados e devastou povoados da região e do centro histórico de L'Aquila.

No início da manhã, o tráfego ferroviário foi restabelecido nas principais linhas da região atingida pelo terremoto, 'após os reconhecimentos técnicos previstos nos protocolos de segurança para verificar a integridade das infraestruturas', destacam as autoridades ferroviárias. EFE

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