Terremoto de 7,1 graus devolve intranquilidade ao nordeste do Japão
Maioria dos feridos pelo desastre se encontra na província de Miyagi
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2011 às 11h37.
Tóquio - Quase um milhão de lares japoneses continuavam nesta sexta-feira sem eletricidade e uma usina nuclear sofreu um vazamento de água radioativa após a potente réplica de 7,1 graus que na noite de quinta-feira causou três mortos e castigou as áreas devastadas pelo tsunami do dia 11 de março.
Meia hora antes da meia-noite o nordeste japonês estremeceu com a réplica mais forte sentida desde o terremoto de 9 graus, que arrasou Miyagi, Iwate e Fukushima há quatro semanas.
O terremoto, que foi revisado em baixa hoje - em vez dos 7,4 graus Richter -, provocou a morte de três idosos, dois deles por causa de um infarto, e 132 feridos, segundo os dados da Polícia.
A maioria dos feridos se encontra na província de Miyagi (93), Iwate (11) e Fukushima (9), as que contam com o maior número de mortos pelo tsunami de março e que também acolhem dezenas de milhares de pessoas em refúgios temporários, onde se viveram momentos de nervosismo.
O tremor de ontem causou, além disso, um grande blecaute em seis províncias do nordeste japonês, já que três usinas térmicas tiveram que cessar sua atividade, um contratempo que se soma aos cortes de água e gás para uma população que está há quatro semanas vivendo na penúria e assustada com as réplicas.
Esta tarde, no horário local, milhões de lares e escritórios continuavam sem energia elétrica, depois que inicialmente quatro milhões de prédios ficaram às escuras, informou a empresa Tohoku Electric Power.
Além disso, várias linhas de ferrovia e de alta velocidade (Shinkansen) permaneciam interrompidas ou não operavam com normalidade desde as primeiras horas do dia.
O tremor, cujo epicentro foi situado no litoral de Miyagi e provocou um leve alerta de tsunami, atingiu nas cercanias da cidade de Sendai 6 graus na escala japonesa de 7, por isso se temia danos maiores aos que finalmente aconteceram.
A maior preocupação era a usina nuclear de Onagawa, próxima ao epicentro do terremoto, que sofreu vários vazamentos de água em seus três reatores, o primeiro dos quais foi posto em serviço em 1984.
Segundo informou a Tohoku Electric Power, operadora da usina, pequenas quantidades de água se derramaram ou vazaram a partir de oito pontos da central, enquanto os sistemas de refrigeração ficaram suspensos durante um pouco mais de uma hora, embora se tenha conseguido reativá-los.
No tanque de combustível usado do reator 1, o mais velho dos três, foram derramados 3,8 litros de água radioativa com uma concentração de 5.410 becquerel por quilograma.
Apesar de tudo, os trabalhos de refrigeração em Onagawa, que não gera eletricidade desde o terremoto do dia 11 de março, foram retomados, ao conseguir iniciar uma de suas três linhas de eletricidade externa.
A situação nas centrais de Higashidori e Rokkasho se estabilizou ao poder reiniciar nesta sexta-feira a provisão externa de eletricidade, após ter de recorrer durante um tempo a geradores diesel de emergência.
Esta vez, os operários conseguiram restabelecer a eletricidade nas plantas afetadas por este último terremoto, algo que não ocorreu no caso da central de Fukushima Daiichi, que perdeu sua capacidade de refrigerar seus reatores devido ao tsunami do mês passado e criou a pior crise nuclear do Japão.
A Tóquio Electric Power (Tepco), proprietária desta central do litoral da província de Fukushima, se viu obrigada nos primeiros momentos após o terremoto a evacuar os trabalhadores que tentam estabilizar os reatores.
Os técnicos não encontraram sinais anormais após o tremor, por isso que continuaram com o bombeamento de água nos reatores 1, 2 e 3, e as injeções de nitrogênio na unidade 1 para evitar uma excessiva concentração de hidrogênio que provoque uma explosão.
Além disso, a Tepco continua expulsando água com baixos níveis de radioatividade da central para o mar, uma ação criticada por Coreia do Sul e China, mas necessária para poder armazenar água com radioatividade mais elevada, segundo os técnicos.
Tóquio - Quase um milhão de lares japoneses continuavam nesta sexta-feira sem eletricidade e uma usina nuclear sofreu um vazamento de água radioativa após a potente réplica de 7,1 graus que na noite de quinta-feira causou três mortos e castigou as áreas devastadas pelo tsunami do dia 11 de março.
Meia hora antes da meia-noite o nordeste japonês estremeceu com a réplica mais forte sentida desde o terremoto de 9 graus, que arrasou Miyagi, Iwate e Fukushima há quatro semanas.
O terremoto, que foi revisado em baixa hoje - em vez dos 7,4 graus Richter -, provocou a morte de três idosos, dois deles por causa de um infarto, e 132 feridos, segundo os dados da Polícia.
A maioria dos feridos se encontra na província de Miyagi (93), Iwate (11) e Fukushima (9), as que contam com o maior número de mortos pelo tsunami de março e que também acolhem dezenas de milhares de pessoas em refúgios temporários, onde se viveram momentos de nervosismo.
O tremor de ontem causou, além disso, um grande blecaute em seis províncias do nordeste japonês, já que três usinas térmicas tiveram que cessar sua atividade, um contratempo que se soma aos cortes de água e gás para uma população que está há quatro semanas vivendo na penúria e assustada com as réplicas.
Esta tarde, no horário local, milhões de lares e escritórios continuavam sem energia elétrica, depois que inicialmente quatro milhões de prédios ficaram às escuras, informou a empresa Tohoku Electric Power.
Além disso, várias linhas de ferrovia e de alta velocidade (Shinkansen) permaneciam interrompidas ou não operavam com normalidade desde as primeiras horas do dia.
O tremor, cujo epicentro foi situado no litoral de Miyagi e provocou um leve alerta de tsunami, atingiu nas cercanias da cidade de Sendai 6 graus na escala japonesa de 7, por isso se temia danos maiores aos que finalmente aconteceram.
A maior preocupação era a usina nuclear de Onagawa, próxima ao epicentro do terremoto, que sofreu vários vazamentos de água em seus três reatores, o primeiro dos quais foi posto em serviço em 1984.
Segundo informou a Tohoku Electric Power, operadora da usina, pequenas quantidades de água se derramaram ou vazaram a partir de oito pontos da central, enquanto os sistemas de refrigeração ficaram suspensos durante um pouco mais de uma hora, embora se tenha conseguido reativá-los.
No tanque de combustível usado do reator 1, o mais velho dos três, foram derramados 3,8 litros de água radioativa com uma concentração de 5.410 becquerel por quilograma.
Apesar de tudo, os trabalhos de refrigeração em Onagawa, que não gera eletricidade desde o terremoto do dia 11 de março, foram retomados, ao conseguir iniciar uma de suas três linhas de eletricidade externa.
A situação nas centrais de Higashidori e Rokkasho se estabilizou ao poder reiniciar nesta sexta-feira a provisão externa de eletricidade, após ter de recorrer durante um tempo a geradores diesel de emergência.
Esta vez, os operários conseguiram restabelecer a eletricidade nas plantas afetadas por este último terremoto, algo que não ocorreu no caso da central de Fukushima Daiichi, que perdeu sua capacidade de refrigerar seus reatores devido ao tsunami do mês passado e criou a pior crise nuclear do Japão.
A Tóquio Electric Power (Tepco), proprietária desta central do litoral da província de Fukushima, se viu obrigada nos primeiros momentos após o terremoto a evacuar os trabalhadores que tentam estabilizar os reatores.
Os técnicos não encontraram sinais anormais após o tremor, por isso que continuaram com o bombeamento de água nos reatores 1, 2 e 3, e as injeções de nitrogênio na unidade 1 para evitar uma excessiva concentração de hidrogênio que provoque uma explosão.
Além disso, a Tepco continua expulsando água com baixos níveis de radioatividade da central para o mar, uma ação criticada por Coreia do Sul e China, mas necessária para poder armazenar água com radioatividade mais elevada, segundo os técnicos.