Exame Logo

Terra tem 8,7 milhões de espécies, garante estudo

Até agora, pesquisas tinham dado uma estimativa entre 3 e 100 milhões, mas para os cientistas é fundamental ter um dado mais preciso para poder conhecer as espécies

8º - Florestas Costeiras da África Oriental (África) (Robin Moore/iLCP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2011 às 21h55.

São Paulo - Uma equipe multidisciplinar de cientistas revelou nesta terça-feira que a Terra teria 8,7 milhões de espécies, segundo um estudo realizado com uma nova técnica que permitiu fazer o censo animal mais exato até o momento.

Segundo as estimativas de um grupo de cientistas do Census of Marine Life publicadas em um artigo na revista "PLoS Biology", no planeta haveria 6,5 milhões de espécies na terra e 2,2 milhões (um 25% do total) nas profundezas do oceano.

Até agora, diferentes pesquisas tinham dado uma estimativa entre 3 e 100 milhões, mas para os cientistas é fundamental ter um dado mais preciso para poder conhecer as espécies antes que desapareçam. "A questão de quantas espécies existem intrigou os cientistas durante séculos", assinalou Camilo Mora, professor da Universidade de Dalhousie em Halifax (Canadá) e autor do estudo.

Mora destacou que "é especialmente importante conhecer a quantidade de espécies agora porque a atividade humana e sua influência (na natureza) têm um impacto na aceleração da extinção". Segundo seus cálculos, aproximadamente 86% das espécies terrestres e 91% das marinhas ainda não foram descobertas.

O estudo se baseou na identificação de padrões numéricos no sistema de classificação taxonômica, que cria grupos em uma hierarquia piramidal por reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.

A equipe analisou 1,2 milhão de espécies recolhidas nos Catálogos da Vida e o Registro Mundial de Espécies Marinhas e descobriram uma relação numérica entre os níveis taxonômicos superiores e o nível de espécie.

"Descobrimos que utilizando os números dos grupos taxonômicos superiores podemos prever o número das espécies", indicou o doutor Sina Adl da Universidade de Dalhousie, co-autor do estudo.


Adl assinalou que com este método puderam calcular com exatidão o número de espécies em vários grupos bem documentados, como os mamíferos, os peixes e as aves, o que demonstrou a validade do método.

"Muitas espécies podem desaparecer antes que sequer saibamos da sua existência, seu nicho e sua função nos ecossistemas, assim como de sua possível contribuição para melhorar o bem-estar humano", advertem os pesquisadores.

No total, calculam que há 7,77 milhões de espécies de animais, dos quais 953.434 já foram descritas e catalogadas, 298 mil espécies de plantas, das quais já registraram 215.644, e 611 mil espécies de fungos, dos quais 43.271 também estão registradas.

Além disso, haveria 36,4 mil espécies de protozoários dos quais se descreveram 8.118. A eles seria preciso somar 27,5 mil espécies de Monera, que inclui espécies de algas pardas e mofos aquáticos, entre outros, dos quais 13.033 se descreveram e catalogado, e o resto seriam organismos aquáticos.

Veja também

São Paulo - Uma equipe multidisciplinar de cientistas revelou nesta terça-feira que a Terra teria 8,7 milhões de espécies, segundo um estudo realizado com uma nova técnica que permitiu fazer o censo animal mais exato até o momento.

Segundo as estimativas de um grupo de cientistas do Census of Marine Life publicadas em um artigo na revista "PLoS Biology", no planeta haveria 6,5 milhões de espécies na terra e 2,2 milhões (um 25% do total) nas profundezas do oceano.

Até agora, diferentes pesquisas tinham dado uma estimativa entre 3 e 100 milhões, mas para os cientistas é fundamental ter um dado mais preciso para poder conhecer as espécies antes que desapareçam. "A questão de quantas espécies existem intrigou os cientistas durante séculos", assinalou Camilo Mora, professor da Universidade de Dalhousie em Halifax (Canadá) e autor do estudo.

Mora destacou que "é especialmente importante conhecer a quantidade de espécies agora porque a atividade humana e sua influência (na natureza) têm um impacto na aceleração da extinção". Segundo seus cálculos, aproximadamente 86% das espécies terrestres e 91% das marinhas ainda não foram descobertas.

O estudo se baseou na identificação de padrões numéricos no sistema de classificação taxonômica, que cria grupos em uma hierarquia piramidal por reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.

A equipe analisou 1,2 milhão de espécies recolhidas nos Catálogos da Vida e o Registro Mundial de Espécies Marinhas e descobriram uma relação numérica entre os níveis taxonômicos superiores e o nível de espécie.

"Descobrimos que utilizando os números dos grupos taxonômicos superiores podemos prever o número das espécies", indicou o doutor Sina Adl da Universidade de Dalhousie, co-autor do estudo.


Adl assinalou que com este método puderam calcular com exatidão o número de espécies em vários grupos bem documentados, como os mamíferos, os peixes e as aves, o que demonstrou a validade do método.

"Muitas espécies podem desaparecer antes que sequer saibamos da sua existência, seu nicho e sua função nos ecossistemas, assim como de sua possível contribuição para melhorar o bem-estar humano", advertem os pesquisadores.

No total, calculam que há 7,77 milhões de espécies de animais, dos quais 953.434 já foram descritas e catalogadas, 298 mil espécies de plantas, das quais já registraram 215.644, e 611 mil espécies de fungos, dos quais 43.271 também estão registradas.

Além disso, haveria 36,4 mil espécies de protozoários dos quais se descreveram 8.118. A eles seria preciso somar 27,5 mil espécies de Monera, que inclui espécies de algas pardas e mofos aquáticos, entre outros, dos quais 13.033 se descreveram e catalogado, e o resto seriam organismos aquáticos.

Acompanhe tudo sobre:Meio ambientePreservação ambientalSustentabilidade

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame