Termina o julgamento da esposa do ex-líder político Bo Xilai
O porta-voz do tribunal informou que, durante a audiência, Gu "não mostrou objeções" à acusação por "assassinato premeditado" do empresário britânico Neil Heywood
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2012 às 08h49.
Pequim - O julgamento de Gu Kailai, esposa do ex-líder político chinês Bo Xilai, acusada de assassinato, terminou nesta quinta-feira em um tribunal de Hefei, no leste da China , sem que até o momento o veredicto tenha sido anunciado.
O porta-voz do tribunal, Tan Yigan, informou em entrevista coletiva que, durante a audiência, Gu "não mostrou objeções" à acusação por "assassinato premeditado" do empresário britânico Neil Heywood, um amigo da família morto em novembro do ano passado.
Durante o julgamento, no qual também estava sendo processado o assistente da família, Zhang Xiaojun, o tribunal exibiu as provas e a acusada confirmou sua veracidade, disse Tan.
Na audiência, acrescentou o porta-voz, Gu foi identificada como a autora intelectual do assassinato e Zhang como executor.
A esposa do deposto chefe do Partido Comunista da China na cidade de Chongqing, Bo Xilai, aparentava estar em "um bom estado de saúde", indicou o porta-voz.
"Está claro que sua atuação (de Gu e Zhang) viola o direito penal e têm responsabilidades", ressaltou.
Embora pareça claro que o veredicto será de culpabilidade, as autoridades do tribunal apontaram que a sentença não será divulgada por enquanto e será preciso esperar um momento posterior.
O julgamento contra Gu e Zhang começou às 8h30 locais (21h30 de ontem de Brasília) no meio de uma grande expectativa internacional. À audiência a portas fechadas foi permitido o acesso de dois diplomatas britânicos.
Os analistas consideram que a condenação será a morte - o homicídio é um dos crimes castigados com a pena capital na China -, mas de forma reversível, uma figura legal que permite comutar essa sentença por uma de prisão perpétua se o réu demonstrar bom comportamento durante um período determinado.
Com isso, as autoridades buscam pôr fim ao que foi o maior escândalo dos últimos tempos na política chinesa, dois meses antes do Congresso do Partido Comunista da China, no qual se renovará toda sua cúpula, um processo que ocorre a cada dez anos.
Antes de cair em desgraça no último mês de abril, era certo que Bo Xilai, até então chefe do Partido Comunista na populosa cidade de Chonqing e um dos políticos mais populares do país, seria um dos novos integrantes do Comitê Permanente do Politburo, o órgão de direção colegiada do partido.
O escândalo explodiu no último mês de fevereiro quando Wang Lijun, vice-prefeito de Chongqing e braço direito de Bo, pediu asilo no consulado dos Estados Unidos na cidade de Chengdu.
Ali Wang (que também pode ser executado se for condenado por traição ao Partido Comunista) denunciou, supostamente, a má conduta de Bo e os vínculos de Gu com a morte de Heywood, amigo da família.
No dia 10 de abril, Gu e Zhang foram declarados "altamente suspeitos" da morte do inglês.
Então, e de forma quase simultânea, também foi revelada a suspensão de Bo Xilai do Politburo e do Comitê Central do Partido Comunista por "supostas irregularidades", sem vincular os casos.
Pequim - O julgamento de Gu Kailai, esposa do ex-líder político chinês Bo Xilai, acusada de assassinato, terminou nesta quinta-feira em um tribunal de Hefei, no leste da China , sem que até o momento o veredicto tenha sido anunciado.
O porta-voz do tribunal, Tan Yigan, informou em entrevista coletiva que, durante a audiência, Gu "não mostrou objeções" à acusação por "assassinato premeditado" do empresário britânico Neil Heywood, um amigo da família morto em novembro do ano passado.
Durante o julgamento, no qual também estava sendo processado o assistente da família, Zhang Xiaojun, o tribunal exibiu as provas e a acusada confirmou sua veracidade, disse Tan.
Na audiência, acrescentou o porta-voz, Gu foi identificada como a autora intelectual do assassinato e Zhang como executor.
A esposa do deposto chefe do Partido Comunista da China na cidade de Chongqing, Bo Xilai, aparentava estar em "um bom estado de saúde", indicou o porta-voz.
"Está claro que sua atuação (de Gu e Zhang) viola o direito penal e têm responsabilidades", ressaltou.
Embora pareça claro que o veredicto será de culpabilidade, as autoridades do tribunal apontaram que a sentença não será divulgada por enquanto e será preciso esperar um momento posterior.
O julgamento contra Gu e Zhang começou às 8h30 locais (21h30 de ontem de Brasília) no meio de uma grande expectativa internacional. À audiência a portas fechadas foi permitido o acesso de dois diplomatas britânicos.
Os analistas consideram que a condenação será a morte - o homicídio é um dos crimes castigados com a pena capital na China -, mas de forma reversível, uma figura legal que permite comutar essa sentença por uma de prisão perpétua se o réu demonstrar bom comportamento durante um período determinado.
Com isso, as autoridades buscam pôr fim ao que foi o maior escândalo dos últimos tempos na política chinesa, dois meses antes do Congresso do Partido Comunista da China, no qual se renovará toda sua cúpula, um processo que ocorre a cada dez anos.
Antes de cair em desgraça no último mês de abril, era certo que Bo Xilai, até então chefe do Partido Comunista na populosa cidade de Chonqing e um dos políticos mais populares do país, seria um dos novos integrantes do Comitê Permanente do Politburo, o órgão de direção colegiada do partido.
O escândalo explodiu no último mês de fevereiro quando Wang Lijun, vice-prefeito de Chongqing e braço direito de Bo, pediu asilo no consulado dos Estados Unidos na cidade de Chengdu.
Ali Wang (que também pode ser executado se for condenado por traição ao Partido Comunista) denunciou, supostamente, a má conduta de Bo e os vínculos de Gu com a morte de Heywood, amigo da família.
No dia 10 de abril, Gu e Zhang foram declarados "altamente suspeitos" da morte do inglês.
Então, e de forma quase simultânea, também foi revelada a suspensão de Bo Xilai do Politburo e do Comitê Central do Partido Comunista por "supostas irregularidades", sem vincular os casos.