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Tanques sírios seguem com ataques, e rei saudita condena

Moradores dizem que os militares fiéis ao governo de Assad fazem ataques com blindados na principal região sunita tribal da Síria

"O que está acontecendo na Síria não é aceitável para a Arábia Saudita", disse o rei saudita Abdullah, em um comunicado escrito divulgado pela televisão Al Arabiya (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h41.

Amã - O presidente Bashar al-Assad estendeu o ataque com tanques na principal região sunita tribal da Síria nesta segunda-feira, disseram moradores, intensificando a repressão contra manifestantes que incitou uma extraordinária condenação do rei saudita alertando o líder sírio a adotar reformas ou correr o risco de derrota.

O rei Abdullah, líder absoluto, rompeu o silêncio árabe depois da mais sangrenta semana nos cinco meses de insurgência pedindo mais liberdade na Síria, exigindo o fim do derramamento de sangue e convocando o retorno do embaixador saudita de Damasco.

Foi a mais dura crítica da gigante do petróleo contra qualquer país árabe desde que uma onda pró-democracia começou a se espalhar pelo Oriente Médio em janeiro, derrubando governos autocráticos na Tunísia e no Egito, incitando uma guerra civil na Líbia e abalando elites enraizadas em toda a região.

"O que está acontecendo na Síria não é aceitável para a Arábia Saudita", disse Abdullah em um comunicado escrito divulgado pela televisão Al Arabiya.

"A Síria deveria pensar de forma sensata antes que seja muito tarde e emitir e instaurar reformas que não sejam meramente promessas, mas reformas de fato", disse. "Ou (o país) escolhe a sabedoria por conta própria ou será arrastado para as profundezas da confusão e da perda."

O comunicado foi divulgado depois de mensagens semelhantes emitidas desde sábado pela Liga Árabe e o Conselho de Cooperação do Golfo.

A crítica veio no momento em que tanques e tropas sírias tomavam a cidade sunita de Deir al-Zon, na mais recente etapa da campanha para reprimir centros de protesto contra 41 anos de governo da família Assad e o domínio da comunidade minoritária alauíta.

O morador Mohammad disse à Reuters por telefone que ao menos 65 pessoas foram mortas desde que tanques e veículos armados entraram na capital da província, a 400 quilômetros nordeste de Damasco, no domingo. A repressão aconteceu uma semana depois que tanques invadiram Hama, onde centenas foram mortos na semana passada.

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Amã - O presidente Bashar al-Assad estendeu o ataque com tanques na principal região sunita tribal da Síria nesta segunda-feira, disseram moradores, intensificando a repressão contra manifestantes que incitou uma extraordinária condenação do rei saudita alertando o líder sírio a adotar reformas ou correr o risco de derrota.

O rei Abdullah, líder absoluto, rompeu o silêncio árabe depois da mais sangrenta semana nos cinco meses de insurgência pedindo mais liberdade na Síria, exigindo o fim do derramamento de sangue e convocando o retorno do embaixador saudita de Damasco.

Foi a mais dura crítica da gigante do petróleo contra qualquer país árabe desde que uma onda pró-democracia começou a se espalhar pelo Oriente Médio em janeiro, derrubando governos autocráticos na Tunísia e no Egito, incitando uma guerra civil na Líbia e abalando elites enraizadas em toda a região.

"O que está acontecendo na Síria não é aceitável para a Arábia Saudita", disse Abdullah em um comunicado escrito divulgado pela televisão Al Arabiya.

"A Síria deveria pensar de forma sensata antes que seja muito tarde e emitir e instaurar reformas que não sejam meramente promessas, mas reformas de fato", disse. "Ou (o país) escolhe a sabedoria por conta própria ou será arrastado para as profundezas da confusão e da perda."

O comunicado foi divulgado depois de mensagens semelhantes emitidas desde sábado pela Liga Árabe e o Conselho de Cooperação do Golfo.

A crítica veio no momento em que tanques e tropas sírias tomavam a cidade sunita de Deir al-Zon, na mais recente etapa da campanha para reprimir centros de protesto contra 41 anos de governo da família Assad e o domínio da comunidade minoritária alauíta.

O morador Mohammad disse à Reuters por telefone que ao menos 65 pessoas foram mortas desde que tanques e veículos armados entraram na capital da província, a 400 quilômetros nordeste de Damasco, no domingo. A repressão aconteceu uma semana depois que tanques invadiram Hama, onde centenas foram mortos na semana passada.

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