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Talibãs tomam distrito estratégico no sul do Afeganistão

A tomada de Sangin, conhecida como "a província da papoula", foi confirmada pelo porta-voz do governo de Helmand

Talibãs: o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, declarou que os seus combatentes haviam invadido o centro do distrito de Sangin (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 23 de março de 2017 às 17h45.

Os Talibãs capturaram nesta quinta-feira um distrito estratégico da província de Helmand (sul do Afeganistão), que está agora quase inteiramente sob seu controle, antes mesmo do lançamento oficial de sua ofensiva de primavera.

A tomada de Sangin, onde as tropas americanas e britânicas sofreram pesadas perdas no passado, foi confirmada à AFP pelo porta-voz do governo de Helmand, conhecida como "a província da papoula", planta da qual o ópio é extraído e com o qual os insurgentes obtêm a maior parte de sua renda.

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"Nossas forças se retiraram dos edifícios oficiais, incluindo da sede da polícia e dos escritórios do governo", indicou Omar Zwak, que informou que eles estavam se preparando para recuperar o terreno perdido.

O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, declarou que os seus combatentes haviam invadido o centro do distrito de Sangin.

Declarações desmentidas pelas forças americanas no Afeganistão, que asseguraram que Sangin não caiu nas mãos dos insurgentes, mas que o centro do distrito havia sido "deslocado" dois quilômetros ao sul, pois os combates destruíram grande parte da infraestrutura.

"Uma vez realizada a operação, as tropas americanas ajudaram a destruir os edifícios que já não podiam ser usados e os veículos quebrados. A única coisa que resta para o Talibã no centro do distrito é sujeira e detritos", acrescentou o porta-voz.

O Pentágono anunciou recentemente a implantação de 300 marines no âmbito da operação da Otan "Resolute Support".

Esta será a primeira vez que as forças americanas retornam ao Afeganistão após a sua retirada em 2014.

Além disso, em Kunduz, no norte do país, um policial ligado ao Talibã matou nove de seus colegas enquanto eles dormiam, informou à AFP o chefe da polícia local, Aziz Kamawal.

Tais ataques "internos" continuam a ser um dos principais problemas das forças afegãs desde a sua reconstituição após a queda do regime talibã em 2001, com o apoio das forças internacionais.

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