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Taleban do Paquistão apresenta condições para cessar-fogo

Entre as condições do grupo estão a adoção da lei islâmica no país e a ruptura com os Estados Unidos

Soldados paquistaneses patrulham área próxima da base em Wana: militantes acusam o Exército do Paquistão de atuar como "mercenários para a América" (Faisal Mahmood/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 08h37.

Islambad - O Taleban paquistanês esboçou as condições para um cessar-fogo, incluindo a adoção da lei islâmica no país e a ruptura com os Estados Unidos, disse um porta-voz do grupo nesta quinta-feira, uma oferta que um alto funcionário do governo descreveu como "absurda".

Em uma carta enviada ao diário The News, do Paquistão , o Taleban também exigiu que o país encerre seu envolvimento na guerra que opõe os insurgentes afegãos ao governo do Afeganistão e se concentre numa guerra de "vingança" contra a Índia.

A carta do porta-voz do Taleban, Amir Muawiya, surge num momento que a Otan muda o foco no Afeganistão, da ênfase militar para uma potencial negociação de paz, e também em meio a especulações de uma cisão entre os principais líderes do Taleban paquistanês.

Oficiais militares disseram à Reuters no mês passado que o líder do Taleban paquistanês, Hakimullah Mehsud, havia perdido o comando operacional para seu vice, Wali ur-Rehman, que é considerado mais aberto à reconciliação com o governo paquistanês. O Taleban nega que Mehsud tenha deixado o comando.

O Taleban paquistanês é um movimento separado do Taleban. Conhecido pelo nome Tehreek-e-Taleban (TTP), o grupo lançou ataques devastadores contra militares e civis no Paquistão.

"Eles são um bando de criminosos. Este não é o Taleban afegão. Eles não estão abertos a negociações", disse um alto funcionário do governo, que qualificou a oferta do Taleban paquistanês de "ilógica".

"Ninguém pode levar essa oferta ou seus termos a sério. O TTP não é uma entidade adequada, certamente não uma entidade com a qual algum governo possa negociar." As condições do cessar-fogo, confirmadas pelo porta-voz Ihsanullah Ihsan em um telefonema à Reuters, especificam que o Paquistão tem de reescrever suas leis e Constituição nos moldes da lei islâmica.

"Estamos prontos para um cessar-fogo com o Paquistão desde que atenda às nossas exigências, que um sistema islâmico sejaposto em prática. Eles devem corrigir sua política externa e parar de concordar com as exigências americanas", disse Ihsan.

Os militantes acusam o Exército do Paquistão de atuar como "mercenários para a América" e prometem continuar os ataques aos dois principais partidos políticos do Paquistão, que eles acusam de servir os interesses dos EUA.

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Islambad - O Taleban paquistanês esboçou as condições para um cessar-fogo, incluindo a adoção da lei islâmica no país e a ruptura com os Estados Unidos, disse um porta-voz do grupo nesta quinta-feira, uma oferta que um alto funcionário do governo descreveu como "absurda".

Em uma carta enviada ao diário The News, do Paquistão , o Taleban também exigiu que o país encerre seu envolvimento na guerra que opõe os insurgentes afegãos ao governo do Afeganistão e se concentre numa guerra de "vingança" contra a Índia.

A carta do porta-voz do Taleban, Amir Muawiya, surge num momento que a Otan muda o foco no Afeganistão, da ênfase militar para uma potencial negociação de paz, e também em meio a especulações de uma cisão entre os principais líderes do Taleban paquistanês.

Oficiais militares disseram à Reuters no mês passado que o líder do Taleban paquistanês, Hakimullah Mehsud, havia perdido o comando operacional para seu vice, Wali ur-Rehman, que é considerado mais aberto à reconciliação com o governo paquistanês. O Taleban nega que Mehsud tenha deixado o comando.

O Taleban paquistanês é um movimento separado do Taleban. Conhecido pelo nome Tehreek-e-Taleban (TTP), o grupo lançou ataques devastadores contra militares e civis no Paquistão.

"Eles são um bando de criminosos. Este não é o Taleban afegão. Eles não estão abertos a negociações", disse um alto funcionário do governo, que qualificou a oferta do Taleban paquistanês de "ilógica".

"Ninguém pode levar essa oferta ou seus termos a sério. O TTP não é uma entidade adequada, certamente não uma entidade com a qual algum governo possa negociar." As condições do cessar-fogo, confirmadas pelo porta-voz Ihsanullah Ihsan em um telefonema à Reuters, especificam que o Paquistão tem de reescrever suas leis e Constituição nos moldes da lei islâmica.

"Estamos prontos para um cessar-fogo com o Paquistão desde que atenda às nossas exigências, que um sistema islâmico sejaposto em prática. Eles devem corrigir sua política externa e parar de concordar com as exigências americanas", disse Ihsan.

Os militantes acusam o Exército do Paquistão de atuar como "mercenários para a América" e prometem continuar os ataques aos dois principais partidos políticos do Paquistão, que eles acusam de servir os interesses dos EUA.

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