Taiwan aciona caças após China enviar 18 aviões durante visita dos EUA
Aeronaves chinesas sobrevoaram a ilha, cruzando a instável linha média do Estreito de Taiwan, durante visita de uma autoridade dos Estados Unidos
Reuters
Publicado em 18 de setembro de 2020 às 09h50.
Última atualização em 18 de setembro de 2020 às 10h13.
Taiwan acionou caças, nesta sexta-feira, depois que 18 aeronaves chinesas sobrevoaram a ilha, cruzando a instável linha média do Estreito de Taiwan, em reação à visita de uma autoridade de alto escalão dos Estados Unidos para conversas em Taipé.
A China já havia anunciado exercícios de combate e criticado o que classificou como um conluio entre a ilha, que reivindica como parte de seu território, e os EUA.
O subsecretário de Assuntos Econômicos norte-americano, Keith Krach, chegou a Taipé na quinta-feira para uma visita de três dias. Ele é o funcionário mais graduado do Departamento de Estado a visitar Taiwan em quatro décadas, ao que a China prometeu dar a "resposta necessária".
A China vem acompanhando cada vez mais alarmada o estreitamento da relação entre Taipé e Washington, e intensificou exercícios militares perto da ilha, o que incluiu dois dias de manobras aéreas e marítimas de larga escala nesta semana.
Taiwan disse que 18 aviões chineses se envolveram nesta sexta-feira, muito mais do que em aparições anteriores do tipo.
O governo local mostrou um mapa da rota de voo dos aviões chineses na linha média do Estreito de Taiwan, que aeronaves de combate dos dois lados normalmente evitam atravessar.
O jornal taiwanês Liberty Times disse que caças de Taiwan foram acionados 17 vezes ao longo de quatro horas, alertando a Força Aérea chinesa a manter distância.
O jornal também mostrou uma foto de mísseis sendo instalados em um caça F-16 na base aérea de Hualien, no litoral leste de Taiwan.