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Sul-coreano deserta para a Coreia do Norte após décadas de estigmatização

É pouco habitual que um sul-coreano deserte para o Norte

Coreia do Norte: caso raro onde um cidadão da Coreia do Sul decide ir para o regime do norte (Danish Siddiqui/Reuters)
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AFP

Publicado em 9 de julho de 2019 às 10h33.

Um sul-coreano que realizou uma incomum deserção para a Coreia do Norte se viu em parte motivado pelo estigma e pelas dificuldades financeiras que atravessou depois que seus pais fizeram a mesma coisa décadas antes.

Choe In-guz, de 72 anos, chegou a Pyongyang no sábado e anunciou que iria viver na capital norte-coreana em um vídeo postado pela imprensa estatal do país.

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É pouco habitual que um sul-coreano deserte para o Norte. A Coreia do Sul diz que mais de 30.000 pessoas deixaram o Norte desde a Guerra da Coreia (1950-1953) para escapar de décadas de repressão e da pobreza.

Ao longo de sua vida, Choe não conseguiu encontrar um trabalho estável nem respeito desde a deserção dos pais em 1986, contou à AFP seu amigo Na Han-yu.

Outro conhecido de Choe, Song Beom-du, contou ao jornal Dong-A Ilbo, do Sul, que o desertor disse que não havia nada que poderia fazer na Coreia do Sul e que vivia sofrendo.

O falecido pai de Choe, Choe Dok Shin, era general reformado, que lutou na Guerra da Coreia e serviu no ministério das Relações Exteriores durante a presidência de Park Chung-hee, que governou a Coreia do Sul com punho de ferro de 1961 a 1979.

Em 1976, o pai de Choe emigrou para os Estados Unidos com sua esposa, Ryu Mi Yong, depois que sua relação com o governo Park se deteriorou.

O casal se estabeleceu na Coreia do Norte, convertendo-se nos desertores mais famosos até então, e viveu entre a elite de Pyongyang.

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