Suécia condena abusos a menores pela internet como estupro
O condenado, um sueco de 41 anos, cometeu 59 atos delitivos contra 27 menores de idade através de chat por vídeo
EFE
Publicado em 30 de novembro de 2017 às 17h53.
Copenhague - Um tribunal de Uppsala, na Suécia , condenou um homem nesta quinta-feira a dez anos de prisão por vários delitos sexuais contra menores de idade através da internet e estimou, pela primeira vez, que alguns deles foram de tal gravidade que deveriam ser considerados como " estupro ".
O condenado, um sueco de 41 anos com antecedentes por crimes sexuais, cometeu 59 atos delitivos contra 27 menores de idade, a maioria deles contra meninas com menos de 15 anos e todos de fora da Suécia, de países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, através de chat por vídeo.
O tribunal afirmou que esses atos são abusos sexuais de diversos graus e tipos, além de ofensas e delitos pornográficos, e considerou que a humilhação em quatro casos é "tão grave que os mesmos devem ser considerados estupro".
A decisão cita, por exemplo, menores que foram obrigados a realizar atos sexuais com cachorros e um caso no qual o acusado forçou uma criança a abusar de outra.
A consideração de estupro está vinculada, sobretudo, ao fato de o individuo ter ameaçado tanto os denunciantes como suas famílias para conseguir seu objetivo, segundo a sentença.
"Foi difícil analisar todo o material, mas a decisão não foi tão difícil. Não fizemos uma avaliação diferente de outros tribunais que trataram de casos similares, simplesmente tivemos alguns fundamentos distintos", declarou à emissora de televisão pública "SVT" a juíza Carin Westerlund.
O agora condenado reconheceu a maior parte das acusações durante o processo, mas negou que as mesmas fossem estupro.
A promotoria recorreu da sentença, ao estimar que outros crimes sexuais cometidos também devem ser considerados estupros.
Durante a investigação de outro caso, no qual duas meninas suecas foram ameaçadas para que cometessem atos sexuais, a polícia apreendeu muitas evidências que indicavam que o acusado tinha feito o mesmo com menores residentes no exterior.