Sudão nega anúncio de libertação de cristã condenada à morte
Nascida de um pai muçulmano, Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada à morte em 15 de maio
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2014 às 14h34.
Cartum - As autoridades sudanesas negaram neste domingo o anúncio de que a mulher cristã condenada à morte por apostasia seria libertada nos próximos dias, alegando que tais declarações atribuídas a uma autoridade foram tiradas de contexto.
Nascida de um pai muçulmano, Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada à morte em 15 de maio por um tribunal criminal com base na lei islâmica em vigor no Sudão que proíbe conversões, provocando um clamor internacional.
A sudanesa, de 27 anos, deu à luz uma menina na terça-feira na prisão.
"A mulher será libertada nos próximos dias, de acordo com os procedimentos legais a serem tomadas pelo Poder Judiciário e o Ministério da Justiça", declarou no sábado um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Sudão, Abdallah Al-Azraq.
Mas o ministério indicou neste domingo que a sua libertação dependia da aceitação por um tribunal do recurso apresentado por seus advogados.
Em um comunicado, ele afirmou que o que Azraq disse realmente à imprensa no sábado é que "a equipe de defesa da cidadã em causa tinha apelado da sentença (...) e que, se o Tribunal de Recurso julgar a seu favor, ela será libertada".
Azraq ressaltou que "o governo não interfere no trabalho da justiça, porque é uma instituição independente".
"Alguns meios de comunicação tiram de contexto as declarações, alterando o significado do que ele realmente disse".
Após as declarações de Azraq, o marido de Ishag, Daniel Wani, um cidadão americano de origem sul-sudanesa, disse à AFP que não acreditava que sua esposa seria libertada.
"Ninguém entrou em contato comigo e eu não acho que isso vai acontecer. Nós apresentamos um recurso de apelação, mas ele ainda não foi analisado. Então, como é possível que eles libertem-na?", perguntou.
O advogado de Ishag, Mohannad Moustapha, tinha expressado, por sua vez, suas dúvidas quanto a uma possível libertação.
"A única entidade que pode fazer isso é o tribunal de recurso e eu não tenho certeza que ele tem o arquivo completo", disse ele no sábado.
Cartum - As autoridades sudanesas negaram neste domingo o anúncio de que a mulher cristã condenada à morte por apostasia seria libertada nos próximos dias, alegando que tais declarações atribuídas a uma autoridade foram tiradas de contexto.
Nascida de um pai muçulmano, Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada à morte em 15 de maio por um tribunal criminal com base na lei islâmica em vigor no Sudão que proíbe conversões, provocando um clamor internacional.
A sudanesa, de 27 anos, deu à luz uma menina na terça-feira na prisão.
"A mulher será libertada nos próximos dias, de acordo com os procedimentos legais a serem tomadas pelo Poder Judiciário e o Ministério da Justiça", declarou no sábado um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Sudão, Abdallah Al-Azraq.
Mas o ministério indicou neste domingo que a sua libertação dependia da aceitação por um tribunal do recurso apresentado por seus advogados.
Em um comunicado, ele afirmou que o que Azraq disse realmente à imprensa no sábado é que "a equipe de defesa da cidadã em causa tinha apelado da sentença (...) e que, se o Tribunal de Recurso julgar a seu favor, ela será libertada".
Azraq ressaltou que "o governo não interfere no trabalho da justiça, porque é uma instituição independente".
"Alguns meios de comunicação tiram de contexto as declarações, alterando o significado do que ele realmente disse".
Após as declarações de Azraq, o marido de Ishag, Daniel Wani, um cidadão americano de origem sul-sudanesa, disse à AFP que não acreditava que sua esposa seria libertada.
"Ninguém entrou em contato comigo e eu não acho que isso vai acontecer. Nós apresentamos um recurso de apelação, mas ele ainda não foi analisado. Então, como é possível que eles libertem-na?", perguntou.
O advogado de Ishag, Mohannad Moustapha, tinha expressado, por sua vez, suas dúvidas quanto a uma possível libertação.
"A única entidade que pode fazer isso é o tribunal de recurso e eu não tenho certeza que ele tem o arquivo completo", disse ele no sábado.