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Soros responsabiliza "hesitação alemã" pela crise na zona do euro

O investidor americano apelou aos "países de triplo AAA" que atuem para aliviar a situação da Espanha e da Itália

George Soros criticou a reprovação do governo alemão à fórmula dos euro-bônus, com o argumento de que isso tem como consequência a coletivização da dívida (Getty Images/Alex Wong)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 10h04.

Berlim - O investidor americano George Soros responsabilizou a "hesitação" da Alemanha no resgate à Grécia pela crise da dívida na zona do euro e fez um apelo aos "países de triplo AAA" a atuarem para aliviar a situação da Espanha e da Itália.

"A hesitação alemã aguçou a crise grega e propiciou um efeito de contágio que se reverteu em uma crise existencial para a Europa", afirmou Soros em artigo opinativo publicado nesta sexta-feira pelo jornal econômico Handelsblatt.

Os países com a qualificação "AAA" dentro da zona do euro devem "demonstrar que estão dispostos a se comprometer" para evitar que outros, como a Itália e a Espanha, se vejam obrigados a pagar altíssimos juros por sua dívida, prossegue o investidor.

Isso inclui a implantação de euro-bônus, caso contrário, "o euro se afundará", sustenta Soros.

O investidor americano criticou assim a reprovação do governo de Angela Merkel à fórmula dos euro-bônus, com o argumento de que isso tem como consequência a coletivização da dívida.

As críticas de Soros coincidem com uma crescente insatisfação com a atuação de Merkel e, mais concretamente, por ter se ausentado ao tirar férias durante as três últimas semanas, enquanto a crise se aguçava.

A chanceler retornará neste sábado à vida pública, no evento principal do 50º aniversário da construção do Muro, e se reunirá na próxima terça-feira com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em Paris, para abordar uma possível reforma da governança da zona do euro.

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Os países com a qualificação "AAA" dentro da zona do euro devem "demonstrar que estão dispostos a se comprometer" para evitar que outros, como a Itália e a Espanha, se vejam obrigados a pagar altíssimos juros por sua dívida, prossegue o investidor.

Isso inclui a implantação de euro-bônus, caso contrário, "o euro se afundará", sustenta Soros.

O investidor americano criticou assim a reprovação do governo de Angela Merkel à fórmula dos euro-bônus, com o argumento de que isso tem como consequência a coletivização da dívida.

As críticas de Soros coincidem com uma crescente insatisfação com a atuação de Merkel e, mais concretamente, por ter se ausentado ao tirar férias durante as três últimas semanas, enquanto a crise se aguçava.

A chanceler retornará neste sábado à vida pública, no evento principal do 50º aniversário da construção do Muro, e se reunirá na próxima terça-feira com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em Paris, para abordar uma possível reforma da governança da zona do euro.

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