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Somália pede ajuda para identificar autores de ataque

Primeiro-ministro da Somália solicitou ajuda internacional para identificar os autores do ataque de sábado a um centro comercial de Nairóbi, no Quênia


	Militares quenianos cercam shopping em Nairóbi: primeiro-ministro somali declarou que autores do ataque terrorista "devem responder" pelo que fizeram
 (Noor Khamis/Reuters)

Militares quenianos cercam shopping em Nairóbi: primeiro-ministro somali declarou que autores do ataque terrorista "devem responder" pelo que fizeram (Noor Khamis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 13h10.

Genebra - O primeiro-ministro da Somália, Abdi Farah Shirdon, solicitou ajuda internacional nesta terça-feira para identificar os autores do ataque de sábado a um centro comercial de Nairóbi, no Quênia, uma ação que foi atribuída à milícia somali Al Shabab, vinculada à Al Qaeda.

Durante a chegada ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, Shirdon disse aos jornalistas que seu governo não tem informações sobre a nacionalidade dos terroristas que seguem no centro comercial.

"Sabemos que são de diferentes nacionalidades, mas não posso dizer com segurança de quais são", indicou Shirdon, que ressaltou que está "em contato permanente" com o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta.

Em seu discurso perante o Conselho de Direitos Humanos, o primeiro-ministro somali declarou que os autores do ataque terrorista, que causou a morte de pelo menos 62 pessoas e deixou outras 180 feridas, "devem responder" pelo que fizeram.

Segundo Shirdon, o grupo Al Shabab "foi debilitado" nos últimos anos dentro do país, embora tenha estendido sua influência "além das fronteiras somalis", uma versão que foi confirmada nesta manhã pelo representante especial da ONU para a Somália, Nicholas Kay, que falou sobre uma trama terrorista além da fronteira do Quênia.

"O terror não tem limites. Esta tragédia aproximou ainda mais o Quênia e a Somália, já que temos que combater juntos este inimigo comum (o terrorismo)", ressaltou.


Na luta contra o terrorismo, Shirdom assegurou que uma "solução militar" não é suficiente, dizendo que esta deve ser complementada por um "Estado de direito forte, cooperação entre países da região, estabilidade econômica e serviços públicos".

Neste sentido, o primeiro-ministro da Somália assinalou que seu governo trabalha para promover o emprego entre mais os jovens, uma medida que, segundo ele, se mostra como "a melhor maneira de evitar que os mesmos sejam recrutados pelo Al Shabab e doutrinados com sua ideologia destrutiva".

"É essencial criar oportunidades educativas e econômicas entre os mais jovens", completou.

Shirdon também destacou os esforços e os avanços de seu governo, que assumiu o poder em outubro de 2012, na "reconstrução das instituições" de um país que "viveu os últimos 23 anos sem um verdadeiro poder político, o caldo de cultivo para a proliferação de grupos rebeldes armados, como Al Shabab".

"Hoje a promoção e defesa dos direitos humanos e a inclusão de todas as minorias centra todos os nossos esforços", finalizou o primeiro-ministro da Somália.

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