Solo de Fukushima precisará de limpeza intensiva, diz especialista
Uma zona de 600 quilômetros quadrados ao noroeste da central da usina pode ter absorvido mais de 1,48 milhão de becquerel de césio radioativo por metro quadrado
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2011 às 07h36.
Tóquio - A descontaminação intensiva do solo será indispensável para que os evacuados das zonas que cercam a usina nuclear de Fukushima possam voltar a suas casas, segundo explicou nesta quarta-feira um especialista à Comissão de Energia Atômica do Japão.
Tomio Kawata, investigador da Organização para a Gestão de Resíduos Nucleares japonesa, apresentou perante a comissão um estimativa da contaminação no solo da região baseando-se nos níveis de radiação no ar recolhidos pelo Ministério da Ciência.
Segundo a avaliação de Kawata, o solo em uma zona de 600 quilômetros quadrados ao noroeste da central pode ter absorvido mais de 1,48 milhão de becquerel de césio radioativo por metro quadrado, que foi o limite estabelecido para a evacuação obrigatória nos limites da acidentada usina de Chernobyl.
Kawata também assinalou que a extensão total das áreas contaminadas constitui apenas entre 10% e 20% da área afetada pela radiação emitida pela usina ucraniana, que sofreu em 1986 o pior acidente nuclear da história.
Calcula-se que a exposição radioativa a 1,48 milhão de becquerel por metro quadrado esteja em torno de cinco milisieverts ao ano, muito abaixo do limite de 20 milisieverts anuais estabelecido pelo Governo japonês para a evacuação.
No entanto, o estudo de Kawata assegura que será necessário descontaminar intensivamente o solo antes do retorno dos evacuados, já que o césio adere fortemente à terra e torna difícil a redução dos níveis de radiação a longo prazo.
O terremoto e o tsunami de 11 de março danificaram gravemente as instalações da usina, operada pela Tokyo Electric Power Company (Tepco), que nesta quarta-feira indicou que a estrutura de contenção primária do reator 1 ficou danificada.
A companhia elétrica assinalou que o combustível fundido da unidade fez com que a temperatura da estrutura alcançasse 300 graus centígrados 18 horas depois do terremoto, o dobro do que pode suportar, pelo que é muito provável que esteja perfurada e vazando água radioativa ao edifício que abriga a unidade.
Na terça-feira, a Tepco comunicou que o combustível dos reatores 2 e 3 também se fundiu parcialmente, embora se mantenha, assim como na unidade 1, resfriado de maneira estável.
Tóquio - A descontaminação intensiva do solo será indispensável para que os evacuados das zonas que cercam a usina nuclear de Fukushima possam voltar a suas casas, segundo explicou nesta quarta-feira um especialista à Comissão de Energia Atômica do Japão.
Tomio Kawata, investigador da Organização para a Gestão de Resíduos Nucleares japonesa, apresentou perante a comissão um estimativa da contaminação no solo da região baseando-se nos níveis de radiação no ar recolhidos pelo Ministério da Ciência.
Segundo a avaliação de Kawata, o solo em uma zona de 600 quilômetros quadrados ao noroeste da central pode ter absorvido mais de 1,48 milhão de becquerel de césio radioativo por metro quadrado, que foi o limite estabelecido para a evacuação obrigatória nos limites da acidentada usina de Chernobyl.
Kawata também assinalou que a extensão total das áreas contaminadas constitui apenas entre 10% e 20% da área afetada pela radiação emitida pela usina ucraniana, que sofreu em 1986 o pior acidente nuclear da história.
Calcula-se que a exposição radioativa a 1,48 milhão de becquerel por metro quadrado esteja em torno de cinco milisieverts ao ano, muito abaixo do limite de 20 milisieverts anuais estabelecido pelo Governo japonês para a evacuação.
No entanto, o estudo de Kawata assegura que será necessário descontaminar intensivamente o solo antes do retorno dos evacuados, já que o césio adere fortemente à terra e torna difícil a redução dos níveis de radiação a longo prazo.
O terremoto e o tsunami de 11 de março danificaram gravemente as instalações da usina, operada pela Tokyo Electric Power Company (Tepco), que nesta quarta-feira indicou que a estrutura de contenção primária do reator 1 ficou danificada.
A companhia elétrica assinalou que o combustível fundido da unidade fez com que a temperatura da estrutura alcançasse 300 graus centígrados 18 horas depois do terremoto, o dobro do que pode suportar, pelo que é muito provável que esteja perfurada e vazando água radioativa ao edifício que abriga a unidade.
Na terça-feira, a Tepco comunicou que o combustível dos reatores 2 e 3 também se fundiu parcialmente, embora se mantenha, assim como na unidade 1, resfriado de maneira estável.