Sobrevivente do Holocausto elogia amparo alemão a refugiados
"Este país, que há 80 anos foi o responsável pelos piores crimes do século, hoje é merecedor de aprovação do mundo por abrir suas fronteiras"
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 13h52.
Berlim - A escritora e filóloga Ruth Klüger, sobrevivente de Auschwitz, elogiou à Alemanha nesta quarta-feira por sua política de amparo aos refugiados , em discurso perante o Bundestag, o Parlamento alemão, por ocasião dos 71 anos da libertação desse campo de extermínio nazista.
"Este país, que há 80 anos foi o responsável pelos piores crimes do século, hoje é merecedor de aprovação do mundo por abrir suas fronteiras e pela generosidade com a qual acolheu e acolhe o desmoronamento de refugiados sírios e de outras nacionalidades", disse ela na cerimônia organizada no plenário e na presença da chanceler Angela Merkel.
Ruth, que nasceu em Viena e hoje mora nos Estados Unidos, explicou que o principal motivo para aceitar falar no Bundestag foi exatamente à política de auxílio aos refugiados.
A escritora, de 84 anos, descreveu o sofrimento que passou ao ser submetida a trabalhos forçados pelo regime nacional-socialista e lembrou que após passar pelo campo de concentração de Theresienstadt, foi deportada de Auschwitz-Birkenau ao campo de trabalho de Krzystkowice, onde passou fome, frio e violência.
Na mesma sessão, o presidente do Bundestag, Norbert Lammert, fez um apelo aos alemães e todos aqueles que chegaram ao país a permanecer alerta perante a falta de humanidade e a se opor à exclusão, ao antissemitismo, ao racismo e a xenofobia.
"Hoje, lembramos todos os judeus assassinados da Europa, os ciganos, às pessoas doentes e incapacitadas, os homossexuais e todos aqueles que tiveram negado o direito à vida", disse.
Ele destacou que o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, comemorado hoje, serve também para lembrar os que resistiram e morreram "porque pensavam diferente, porque não se dobraram e não renunciaram a suas convicções políticas, moral e credo", aos prisioneiros de guerra e aos desertores, e às "inumeráveis vítimas civis da ditadura nacional-socialista em toda Europa".
"Não esquecemos seu sofrimento e que sua história é parte de nossa história", enfatizou.
No final da 2ª Guerra Mundial, mais de 13 milhões de homens, mulheres e crianças de toda Europa estavam submetidos a trabalhados forçados em todo o território ocupado pelos nazistas.
Berlim - A escritora e filóloga Ruth Klüger, sobrevivente de Auschwitz, elogiou à Alemanha nesta quarta-feira por sua política de amparo aos refugiados , em discurso perante o Bundestag, o Parlamento alemão, por ocasião dos 71 anos da libertação desse campo de extermínio nazista.
"Este país, que há 80 anos foi o responsável pelos piores crimes do século, hoje é merecedor de aprovação do mundo por abrir suas fronteiras e pela generosidade com a qual acolheu e acolhe o desmoronamento de refugiados sírios e de outras nacionalidades", disse ela na cerimônia organizada no plenário e na presença da chanceler Angela Merkel.
Ruth, que nasceu em Viena e hoje mora nos Estados Unidos, explicou que o principal motivo para aceitar falar no Bundestag foi exatamente à política de auxílio aos refugiados.
A escritora, de 84 anos, descreveu o sofrimento que passou ao ser submetida a trabalhos forçados pelo regime nacional-socialista e lembrou que após passar pelo campo de concentração de Theresienstadt, foi deportada de Auschwitz-Birkenau ao campo de trabalho de Krzystkowice, onde passou fome, frio e violência.
Na mesma sessão, o presidente do Bundestag, Norbert Lammert, fez um apelo aos alemães e todos aqueles que chegaram ao país a permanecer alerta perante a falta de humanidade e a se opor à exclusão, ao antissemitismo, ao racismo e a xenofobia.
"Hoje, lembramos todos os judeus assassinados da Europa, os ciganos, às pessoas doentes e incapacitadas, os homossexuais e todos aqueles que tiveram negado o direito à vida", disse.
Ele destacou que o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, comemorado hoje, serve também para lembrar os que resistiram e morreram "porque pensavam diferente, porque não se dobraram e não renunciaram a suas convicções políticas, moral e credo", aos prisioneiros de guerra e aos desertores, e às "inumeráveis vítimas civis da ditadura nacional-socialista em toda Europa".
"Não esquecemos seu sofrimento e que sua história é parte de nossa história", enfatizou.
No final da 2ª Guerra Mundial, mais de 13 milhões de homens, mulheres e crianças de toda Europa estavam submetidos a trabalhados forçados em todo o território ocupado pelos nazistas.