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Sobe para quase 60 o número de mortos em atentado no Afeganistão

O porta-voz do Ministério da Saúde Pública informou que ao menos 57 pessoas foram mortas e 119 ficaram feridas

Homens afegãos inspecionam o local onde um terrorista explodiu uma bomba, em cartório eleitoral de Cabul, Afeganistão (Omar Sobhani/Reuters)
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Reuters

Publicado em 22 de abril de 2018 às 17h42.

Cabul - Um homem-bomba explodiu um centro de registro de eleitores na capital afegã neste domingo, matando ao menos 57 pessoas e ferindo mais de 100, no que foi o ataque mais grave em meio aos preparativos para as eleições de outubro.

O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado contra um projeto de suma importância para a credibilidade do presidente Ashraf Ghani, que vem sendo pressionado pela comunidade internacional para garantir a realização de eleições parlamentares neste ano.

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O porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danesh, disse que o militante chegou a pé ao centro, onde autoridades estavam emitindo cartões de identidade como parte do processo de registro de eleitores para o pleito marcado para outubro.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, emitiu um comunicado condenando o ataque e disse que o atentado “não pode nos desviar de nossos objetivos ou enfraquecer esse processo nacional democrático”.

O registro dos eleitores começou neste mês, mas uma série de ataques tem como objetivo atrapalhar os preparativos. A eleição muito provavelmente deve ser adiada até o ano que vem, a não ser que se consiga até a chegada do inverno registrar os milhões de eleitores, muitos dos quais nem possuem cartões de identidade.

O porta-voz do Ministério da Saúde Pública informou que ao menos 57 pessoas foram mortas e 119 ficaram feridas no ataque deste domingo, e o número total de vítimas ainda pode aumentar.

A explosão destruiu carros e estilhaçou janelas em prédios da região, deixando destroços pelas ruas. Foi o ataque mais sério em Cabul desde que pelo menos 100 pessoas morreram em janeiro em um atentado com bomba escondida em uma ambulância.

De acordo com números da ONU, mais de 750 pessoas foram mortas ou feridas em ataques suicidas e atentados a bomba por grupos militantes desde o início do ano até março.

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