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Sobe para 65 o número de mortos por terremoto no sul da Nova Zelândia

Terremoto de 6,3 graus na escala Richter atingiu a segunda maior cidade do país

"Christchurch é uma zona de desastre total", disse o primeiro-ministro da Nova Zelândia (Martin Hunter/Getty Images)

"Christchurch é uma zona de desastre total", disse o primeiro-ministro da Nova Zelândia (Martin Hunter/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 08h00.

Sydney - Pelo menos 65 pessoas morreram em Christchurch, no sul da Nova Zelândia, após o terremoto de 6,3 graus na escala Richter que atingiu a cidade, a segunda maior do país, indicou o primeiro-ministro do país, John Key.

"Christchurh é uma zona de desastre total", disse Key à emissora "One News".

"Estamos sendo testemunhas de um dos dias mais negros da Nova Zelândia", acrescentou o chefe de Governo pouco após chegar à cidade para supervisionar os trabalhos de resgate e de assistência aos desabrigados.

O tremor aconteceu pouco depois do meio-dia a cinco quilômetros do centro da cidade e a quatro quilômetros de profundidade, e foi seguido de uma réplica de 4,5 graus, 15 minutos mais tarde, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Segundo indicou em entrevista coletiva o diretor da Defesa Civil, John Hamilton, é provável que o número de vítimas fatais aumente nas próximas horas à medida que avancem os trabalhos das equipes de resgate nos edifícios danificados.

O prefeito da cidade, Bob Parker, apontou que a previsão é que pelo menos 200 pessoas continuam presas em diferentes edificações.

O forte tremor causou o desprendimento de 30 milhões de toneladas de gelo da geleira de Tasman, na encosta do Monte Cook e na região central da Ilha do Sul, indicou o Serviço de Meteorologia.

As autoridades montaram centros de acolhimento em pelo menos seis colégios públicos da cidade, na qual foram desdobrados cerca de 1 mil efetivos da Polícia e do Exército com a finalidade de prevenir saques.

A maior parte de Christchurch está sem eletricidade e comunicação com o exterior devido às avarias registradas nos sistemas de telefonia fixa e móvel.

Pelo menos um corpo foi retirado de um edifício de escritórios de quatro andares da companhia Pyne Gould, situado em pleno centro da cidade, onde os bombeiros trabalham para resgatar cerca de 30 pessoas presas nos escombros, informou a "Radio Nova Zelândia".

"Um número significante de hotéis desmoronou e sabemos que há gente presa (nos escombros)", disse aos jornalistas o ministro da Defesa Civil, John Carter.

Em algumas ruas de Chistchurch, cidade com população de 400 mil pessoas, o tremor gerou crateras de até um metro de profundidade.

O prefeito confirmou que foi declarado estado de emergência na cidade e que a Polícia e o Exército montaram um cordão de segurança ao redor da zona mais afetada.

As autoridades também fecharam o aeroporto de Christchurch, onde o tremor afetou a rede de telefonia.

Em setembro, um terremoto de 7,2 graus atingiu Christchur, deixando dezenas de feridos e grandes danos em infraestruturas públicas e edifícios no sul do país.

Desde então, esta parte do país sofreu vários tremores, o último de 4,9 graus na escala Richter logo depois do Natal.

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