Álcool: o número de vítimas mortais pode aumentar porque outras 16 pessoas intoxicadas se encontram hospitalizadas (Thinkstock)
EFE
Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 10h38.
Última atualização em 9 de agosto de 2019 às 16h02.
Moscou - Pelo menos 33 pessoas morreram na cidade siberiana de Irkutsk por ingerir supostamente uma loção para banho à base de álcool, informaram nesta segunda-feira os serviços e emergências local.
"Segundo os últimos dados, foram hospitalizadas 54 pessoas com sintomas de intoxicação, das quais 34 morreram", informou o Departamento regional do Comitê de Instrução da Rússia (CIR).
O prefeito de Irkustk, Dmitri Berdnikov, declarou estado de emergência na cidade e anunciou a proibição provisória da venda de todos os tipos de líquidos que contêm álcool, se não forem bebidas alcoólicas certificadas.
Por sua vez, o Comitê de Instrução da Rússia deu início a um caso penal, embora as informações destacam que o rótulo de dito produto indica claramente que sua ingestão é proibida.
Segundo as autoridades locais, o número de vítimas mortais pode aumentar porque outras 16 pessoas intoxicadas se encontram hospitalizadas e os médicos temem por suas vidas.
Segundo a imprensa local, devido à profunda recessão da economia russa desde 2014, os russos com menores ingressos não podem se permitir comprar vodca legal e consomem maciçamente produtos que incluem álcool, como colônias e loções.
Isto aumenta o número de intoxicações mortais, especialmente nas férias natalinas, quando dispara o consumo de álcool.
Perante a gravidade das intoxicações em Irkustk, o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, ordenou endurecer o controle sobre a comercialização de todos os produtos que contêm álcool.
"Sem dúvida, é uma tragédia terrível. Trata-se de um problema que é bem conhecido. O presidente (Vladimir Putin) foi informado e, claro, esta situação requer muita atenção e a adoção de medidas", disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.