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Snowden nega ter recebido ajuda russa em vazamentos

Ex-prestador de serviços da NSA afirmou que agiu sozinho no vazamento de segredos do governo dos Estados Unidos

Edward Snowden: "isso não vai pegar. Porque é claramente falso, e o povo norte-americano é mais inteligente do que os políticos pensam" (Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 08h24.

Washington - Edward Snowden , ex-prestador de serviços de agência de espionagem norte-americana, afirmou que agiu sozinho no vazamento de segredos do governo dos Estados Unidos e que insinuações de alguns parlamentares norte-americanos de que ele pode ter recebido ajuda da Rússia são "absurdas", relatou a revista New Yorker na terça-feira.

Numa entrevista que a revista disse ter sido feita de forma criptografada de Moscou, Snowden disse que "essa história de 'espião russo' é absurda", segundo a New Yorker.

Snowden declarou que "claramente agiu sozinho, sem ajuda de ninguém, muito menos de um governo", acrescentou a revista.

"Isso não vai pegar. Porque é claramente falso, e o povo norte-americano é mais inteligente do que os políticos pensam", disse Snowden, de acordo com a publicação.

O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA afirmou no domingo que ele investigava se Snowden teria contado com ajuda da Rússia no roubo e na divulgação de segredos do governo dos EUA.

"Eu acredito que há uma razão de ele terminar nas mãos, nos braços abertos, de um agente da FSB em Moscou. Não acho que isso tenha sido coincidência", afirmou o deputado Mike Rogers à rede de TV NBC, em referência à agência de inteligência russa que ficou no lugar da soviética KGB.

Rogers não forneceu evidência específica para sua declaração, mas disse que "algumas coisas que estamos encontrando nós chamaríamos de pistas que certamente indicariam para mim que ele teve alguma ajuda".


Snowden fugiu dos Estados Unidos no ano passado para Hong Kong e depois para a Rússia, que o concedeu asilo de pelo menos um ano. Autoridades norte-americanas o querem de volta para processá-lo. A divulgação por ele de muitos documentos secretos roubados provocou um debate mundial sobre o alcance da vigilância eletrônica dos EUA.

Autoridades da área de segurança dos Estados Unidos afirmaram à Reuters na semana passada que o país não tinha evidências de que Snowden teria contado com algum parceiro o ajudando ou o orientando sobre que materiais da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) ele deveria pegar e como.

Em outubro, Snowden disse ao jornal New York Times que não havia levado nenhum documento para a Rússia quando foi para lá em junho de 2013.

"Há zero por cento de chances dos russos e chineses terem recebido algum documento", afirmou na entrevista.

Para a revista New Yorker, Snowden declarou que, se ele era um espião russo, "por que Hong Kong?", e por que ele ficou tanto tempo num aeroporto em Moscou antes de receber permissão para permanecer na Rússia.

"Espiões são tratados melhor do que isso", disse.

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Numa entrevista que a revista disse ter sido feita de forma criptografada de Moscou, Snowden disse que "essa história de 'espião russo' é absurda", segundo a New Yorker.

Snowden declarou que "claramente agiu sozinho, sem ajuda de ninguém, muito menos de um governo", acrescentou a revista.

"Isso não vai pegar. Porque é claramente falso, e o povo norte-americano é mais inteligente do que os políticos pensam", disse Snowden, de acordo com a publicação.

O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA afirmou no domingo que ele investigava se Snowden teria contado com ajuda da Rússia no roubo e na divulgação de segredos do governo dos EUA.

"Eu acredito que há uma razão de ele terminar nas mãos, nos braços abertos, de um agente da FSB em Moscou. Não acho que isso tenha sido coincidência", afirmou o deputado Mike Rogers à rede de TV NBC, em referência à agência de inteligência russa que ficou no lugar da soviética KGB.

Rogers não forneceu evidência específica para sua declaração, mas disse que "algumas coisas que estamos encontrando nós chamaríamos de pistas que certamente indicariam para mim que ele teve alguma ajuda".


Snowden fugiu dos Estados Unidos no ano passado para Hong Kong e depois para a Rússia, que o concedeu asilo de pelo menos um ano. Autoridades norte-americanas o querem de volta para processá-lo. A divulgação por ele de muitos documentos secretos roubados provocou um debate mundial sobre o alcance da vigilância eletrônica dos EUA.

Autoridades da área de segurança dos Estados Unidos afirmaram à Reuters na semana passada que o país não tinha evidências de que Snowden teria contado com algum parceiro o ajudando ou o orientando sobre que materiais da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) ele deveria pegar e como.

Em outubro, Snowden disse ao jornal New York Times que não havia levado nenhum documento para a Rússia quando foi para lá em junho de 2013.

"Há zero por cento de chances dos russos e chineses terem recebido algum documento", afirmou na entrevista.

Para a revista New Yorker, Snowden declarou que, se ele era um espião russo, "por que Hong Kong?", e por que ele ficou tanto tempo num aeroporto em Moscou antes de receber permissão para permanecer na Rússia.

"Espiões são tratados melhor do que isso", disse.

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