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Síria: mulheres protestam pela libertação de presos

Estimativas de ONGs apontam que até 700 pessoas foram mortas e mais de 8 mil foram presas desde o início dos protestos no país

Protesto na Síria: manifestantes querem a libertação dos presos (AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 13h57.

Damasco - Centenas de mulheres protestaram nesta segunda-feira em Banias (noroeste da Síria) para pedir a libertação de opositores que participaram das manifestações contra o regime do presidente Bashar Al-Assad, que acontecem quase diariamente há dois meses.

Desde o início da mobilização, em 15 de março, entre 600 e 700 pessoas foram mortas pela violenta repressão das forças da ordem, segundo estimativas de organizações não-governamentais, e pelo menos 8.000 foram presas, segundo a ONG Insan.

Em Banias, "as revistas de casas continuaram" na noite de domingo e na madrugada de segunda, afirmou Rami Abdel Rahmane, presidente do Observatório dos Direitos Humanos.

Os tanques mobilizados no domingo continuam presentes nesta segunda-feira em alguns bairros da cidade, que tem 50.000 habitantes.

Os principais organizadores dos protestos em Banias, entre eles o xeque Anas al Ayrut, considerado líder do movimento, e Basam Sahiuni, foram detidos no domingo pelas forças de seguranç.

As autoridades libertaram os presos com mais de 40 anos de idade, mas mais de 400 pessoas continuam detidas em Banias, dezenas delas no estádio municipal, segundo Rahmane, sem esclarecer se os líderes do movimento haviam sido liberados ou não.

Neste contexto, "centenas de mulheres saíram às ruas para pedir a libertação do resto dos presos", indicou.

Apesar da repressão, o site "Syrian Revolution 2011" afirmou que "vai continuar fazendo manifestações todos os dias", e convocou para terça-feira uma demonstração de "solidariedade em relação aos presos políticos nos cárceres do regime criminoso sírio".

Para o jornal Al Watan, próximo ao governo, "Banias já estava tranquila outra vez, após ferozes batalhas contra pessoas armadas que haviam se mobilizado" em diferentes áreas da cidade.

Em Muadamiya, localidade situada a leste de Damasco, foram ouvidos disparos na manhã desta segunda-feira. As comunicações foram cortadas, segundo um ativista dos direitos humanos.

"A estrada que liga esta localidade à capital está bloqueada", indicou uma testemunha.

No domingo, o Exército atuou simultaneamente em Banias e Homs (centro), onde morreram três pessoas, entre elas um menino de 12 anos.

Segundo o Al Watan, Assad encontrou-se no domingo com uma delegação de habitantes de Latakia, maior porto da Síria.

Durante o encontro, Assad afirmou que "a crise vai acabar e as reformas administrativas, políticas e dos meios de comunicação vão progredir". Além disso, destacou "a importância de reforças a unidade nacional e de nos mantermos unidos contra o complô".

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Damasco - Centenas de mulheres protestaram nesta segunda-feira em Banias (noroeste da Síria) para pedir a libertação de opositores que participaram das manifestações contra o regime do presidente Bashar Al-Assad, que acontecem quase diariamente há dois meses.

Desde o início da mobilização, em 15 de março, entre 600 e 700 pessoas foram mortas pela violenta repressão das forças da ordem, segundo estimativas de organizações não-governamentais, e pelo menos 8.000 foram presas, segundo a ONG Insan.

Em Banias, "as revistas de casas continuaram" na noite de domingo e na madrugada de segunda, afirmou Rami Abdel Rahmane, presidente do Observatório dos Direitos Humanos.

Os tanques mobilizados no domingo continuam presentes nesta segunda-feira em alguns bairros da cidade, que tem 50.000 habitantes.

Os principais organizadores dos protestos em Banias, entre eles o xeque Anas al Ayrut, considerado líder do movimento, e Basam Sahiuni, foram detidos no domingo pelas forças de seguranç.

As autoridades libertaram os presos com mais de 40 anos de idade, mas mais de 400 pessoas continuam detidas em Banias, dezenas delas no estádio municipal, segundo Rahmane, sem esclarecer se os líderes do movimento haviam sido liberados ou não.

Neste contexto, "centenas de mulheres saíram às ruas para pedir a libertação do resto dos presos", indicou.

Apesar da repressão, o site "Syrian Revolution 2011" afirmou que "vai continuar fazendo manifestações todos os dias", e convocou para terça-feira uma demonstração de "solidariedade em relação aos presos políticos nos cárceres do regime criminoso sírio".

Para o jornal Al Watan, próximo ao governo, "Banias já estava tranquila outra vez, após ferozes batalhas contra pessoas armadas que haviam se mobilizado" em diferentes áreas da cidade.

Em Muadamiya, localidade situada a leste de Damasco, foram ouvidos disparos na manhã desta segunda-feira. As comunicações foram cortadas, segundo um ativista dos direitos humanos.

"A estrada que liga esta localidade à capital está bloqueada", indicou uma testemunha.

No domingo, o Exército atuou simultaneamente em Banias e Homs (centro), onde morreram três pessoas, entre elas um menino de 12 anos.

Segundo o Al Watan, Assad encontrou-se no domingo com uma delegação de habitantes de Latakia, maior porto da Síria.

Durante o encontro, Assad afirmou que "a crise vai acabar e as reformas administrativas, políticas e dos meios de comunicação vão progredir". Além disso, destacou "a importância de reforças a unidade nacional e de nos mantermos unidos contra o complô".

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