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Síria autoriza bombardeios dos EUA contra jihadistas no país

O ministro das Relações Exteriores deu boas-vindas aos possíveis bombardeios dos EUA contra posições do Estado Islâmico na Síria

O chanceler sírio, Walid Muallem: "a Síria está preparada para cooperar" (Louai Beshara/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 10h01.

Damasco - O ministro das Relações Exteriores da Síria , Walid Muallem, deu boas-vindas aos possíveis bombardeios dos Estados Unidos contra posições do Estado Islâmico (EI) em território sírio, embora tenha ressaltado que tais ações devem ser articuladas "em coordenação prévia" com Damasco.

"A Síria está preparada para cooperar e coordenar os esforços regionais e internacionais para combater o terrorismo, em linha com as resoluções da ONU e em respeito à soberania síria", disse Ao Moualem em uma coletiva, realizada nesta segunda-feira em Damasco.

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Desta forma, Muallem disse que seu país "dá boas-vindas a qualquer país, incluindo Reino Unido e Estados Unidos, realizar ações contra o EI e a Frente al Nusra (filial da Al Qaeda na Síria), com plena coordenação prévia com o governo sírio".

Apesar de tudo, o ministro advertiu que qualquer medida à margem de um acordo com as autoridades seria considerada uma "agressão" contra o território sírio, tendo em vista que seu país não permaneceria impassível.

A entrevista concedida hoje representa a primeira aparição pública de Muallem desde o último mês de março, quando foi internado com um problema cardíaco em Beirute.

Responsáveis militares e da inteligência americana começaram a recopilar informação sobre o fluxo de jihadistas na Síria, ação que foi iniciada após a decapitação do jornalista americano James Foley, sequestrado na Síria ainda em 2012.

"Posso assegurar que, se houvesse uma coordenação entre a Administração dos EUA e o governo sírio, a operação de resgate articulada por Washington não teria fracassado", disse o ministro sírio, ao reprovar a execução citada "nos termos mais contundentes".O EI, que controla amplas regiões do norte e do leste da Síria, lançou em junho uma ofensiva no norte do vizinho Iraque, o que desencadeou uma intervenção americana nesse país para conter sua expansão.

"Como filhos desta região, sabemos melhor que ninguém quando e onde seria útil um ataque", explicou o ministro sírio, que também ressaltou a importância de esgotar os recursos e os fundos dos grupos terroristas.

No entanto, independente da ação do governo americano, o ministro reiterou que seu país "continuará lutando contra o terrorismo", declaração que vem à tona apenas uma semana depois que as tropas governamentais, apoiadas pela milícia xiita libanesa do Hezbollah, recuperassem uma importante região na periferia de Damasco.

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