Síria acusa Erdogan de se aproveitar de tentativa de golpe
Assad diz que o presidente turco "usa o golpe de Estado, a fim de aplicar o seu próprio projeto extremista, o da Irmandade Muçulmana"
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2016 às 14h34.
O presidente sírio, Bashar al-Assad , acusou o turco Recep Tayyip Erdogan, inimigo de Damasco, de usar o golpe fracassado em seu país como desculpa para implementar seu "projeto extremista".
Em uma entrevista à agência de notícias cubana Prensa Latina, Assad diz que o presidente turco "usa o golpe de Estado, a fim de aplicar o seu próprio projeto extremista, o da Irmandade Muçulmana".
"Isto é perigoso para a Turquia e para os países vizinhos, incluindo a Síria", disse o presidente sírio, em guerra há cinco anos contra uma rebelião apoiada por Riad, Doha, mas também Ancara.
Desde o início do conflito em 2011, Damasco acusa o governo islâmico-conservador turco de fornecer apoio logístico aos rebeldes que acusa de "terrorismo".
Durante a tentativa de golpe na sexta-feira à noite, vários simpatizantes do regime de Assad dispararam para o ar em comemoração.
Damasco e Ancara eram aliados antes do início da guerra na Síria, que matou mais de 280.000 pessoas. A Turquia abriga em seu território cerca de 2,7 refugiados sírios e sedia a oposição no exílio.
Na entrevista, Assad também afirmou que todos os "mediadores (da ONU) não são independentes", citando Kofi Annan, Lakhdar Brahimi e o atual enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura. "Não há papel da ONU no conflito na Síria, há apenas um diálogo russo-americano", disse ele.
Russos e americanos procuram chegar a um acordo sobre uma solução para o conflito, mas isso parece improvável com a continuação das batalhas sangrentas.
O presidente sírio, Bashar al-Assad , acusou o turco Recep Tayyip Erdogan, inimigo de Damasco, de usar o golpe fracassado em seu país como desculpa para implementar seu "projeto extremista".
Em uma entrevista à agência de notícias cubana Prensa Latina, Assad diz que o presidente turco "usa o golpe de Estado, a fim de aplicar o seu próprio projeto extremista, o da Irmandade Muçulmana".
"Isto é perigoso para a Turquia e para os países vizinhos, incluindo a Síria", disse o presidente sírio, em guerra há cinco anos contra uma rebelião apoiada por Riad, Doha, mas também Ancara.
Desde o início do conflito em 2011, Damasco acusa o governo islâmico-conservador turco de fornecer apoio logístico aos rebeldes que acusa de "terrorismo".
Durante a tentativa de golpe na sexta-feira à noite, vários simpatizantes do regime de Assad dispararam para o ar em comemoração.
Damasco e Ancara eram aliados antes do início da guerra na Síria, que matou mais de 280.000 pessoas. A Turquia abriga em seu território cerca de 2,7 refugiados sírios e sedia a oposição no exílio.
Na entrevista, Assad também afirmou que todos os "mediadores (da ONU) não são independentes", citando Kofi Annan, Lakhdar Brahimi e o atual enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura. "Não há papel da ONU no conflito na Síria, há apenas um diálogo russo-americano", disse ele.
Russos e americanos procuram chegar a um acordo sobre uma solução para o conflito, mas isso parece improvável com a continuação das batalhas sangrentas.