Simpatizantes de Mursi se manifestam na periferia do Cairo
Como fizeram nos dias anteriores, os simpatizantes de Mursi começaram a se manifestar em frente à mesquita Rabia al-Adawiya, em Nasr City
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2013 às 18h29.
Após a derrubada de Mohamed Mursi pelo Exército, milhares de islamitas simpatizantes do agora ex-presidente se reuniram nesta quinta-feira entre uma mesquita e vários arames farpados para protestar - sob os olhares vigilantes de soldados da tropa de choque - contra o "golpe de Estado militar" e o novo "Estado policial".
Como fizeram nos dias anteriores, os simpatizantes de Mursi começaram a se manifestar em frente à mesquita Rabia al-Adawiya, em Nasr City, bairro da periferia do Cairo, a poucos passos do palácio presidencial.
Veículos blindados do Exército, soldados e homens da Força de Segurança Central foram deslocados para todos os acessos ao local, a cerca de um quilômetro dos manifestantes.
Arames farpados bloqueavam as ruas e somente alguns pontos de passagem permitiam que pequenos grupos de manifestantes se locomovessem, após serem revistados.
Um oficial afirmou à AFP que os simpatizantes de Mursi podiam circular normalmente, e que as revistas tinham por objetivo verificar se eles não portavam armas.
Tristeza e frustração eram visíveis nos rostos dos manifestantes, que levavam retratos do presidente deposto. Algumas fotos de Mursi foram parar até nos arames farpados.
Os pró-Mursi se voltam contra o chefe do Exército, general Abdel Fattah al-Sissi, articulador do ultimato ao presidente e do plano apresentado para organizar a transição. "O Exército está conosco, mas Sissi não", dizem.
"É um golpe de Estado militar abrandado. O Exército foi hábil ao se vestir de trajes civis", afirma Ahmed el-Sayyed, 26 anos, fazendo referência às manifestações massivas contra o presidente que levaram à sua saída do poder.
"Eu esperava ver nascer um Estado islâmico no Egito , mas eles destruíram meus sonhos", lamenta o jovem.
"Estou preparado para me sacrificar pela legitimidade (de Mursi) e pela minha religião", garantiu um estudante de medicina.
No local dos protestos pró-Mursi, tendas foram armadas e alguns ambulantes vendiam bebidas, comidas e até mesmo roupas.
Um comunicado foi lido em público, denunciando o estabelecimento de um "Estado policial" após as prisões dos líderes da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder supremo, Mohamed Badie.
Diversos membros do governo de Mursi e lideranças da Irmandade Muçulmana estavam na mesquita cercada pela multidão de simpatizantes.
Os manifestantes garantem que o Exército impõe um bloqueio midiático, principalmente com o fechamento da rede de televisão da Irmandade.
"Eles não querem que saibam que nós somos muitos", afirma Ahmed Ali, um dos militantes. "Mursi não fechou nenhuma rede de televisão durante seu ano de governo, eles fizeram isso na primeira hora", reclama Ahmed Hamaki.
Muitas mulheres também estavam na multidão que cercava a mesquita. "Você não terá festa de aniversário até que Mursi volte ao poder", diz uma delas à filha de quatro anos.
Três jovens mulheres, vestidas com o véu integral (niqab), levavam mortalhas e entoavam cantos islâmicos. Elas garantiram que estão prontas para "morrer pela legitimidade" do presidente deposto, o primeiro eleito democraticamente no país.
Após a derrubada de Mohamed Mursi pelo Exército, milhares de islamitas simpatizantes do agora ex-presidente se reuniram nesta quinta-feira entre uma mesquita e vários arames farpados para protestar - sob os olhares vigilantes de soldados da tropa de choque - contra o "golpe de Estado militar" e o novo "Estado policial".
Como fizeram nos dias anteriores, os simpatizantes de Mursi começaram a se manifestar em frente à mesquita Rabia al-Adawiya, em Nasr City, bairro da periferia do Cairo, a poucos passos do palácio presidencial.
Veículos blindados do Exército, soldados e homens da Força de Segurança Central foram deslocados para todos os acessos ao local, a cerca de um quilômetro dos manifestantes.
Arames farpados bloqueavam as ruas e somente alguns pontos de passagem permitiam que pequenos grupos de manifestantes se locomovessem, após serem revistados.
Um oficial afirmou à AFP que os simpatizantes de Mursi podiam circular normalmente, e que as revistas tinham por objetivo verificar se eles não portavam armas.
Tristeza e frustração eram visíveis nos rostos dos manifestantes, que levavam retratos do presidente deposto. Algumas fotos de Mursi foram parar até nos arames farpados.
Os pró-Mursi se voltam contra o chefe do Exército, general Abdel Fattah al-Sissi, articulador do ultimato ao presidente e do plano apresentado para organizar a transição. "O Exército está conosco, mas Sissi não", dizem.
"É um golpe de Estado militar abrandado. O Exército foi hábil ao se vestir de trajes civis", afirma Ahmed el-Sayyed, 26 anos, fazendo referência às manifestações massivas contra o presidente que levaram à sua saída do poder.
"Eu esperava ver nascer um Estado islâmico no Egito , mas eles destruíram meus sonhos", lamenta o jovem.
"Estou preparado para me sacrificar pela legitimidade (de Mursi) e pela minha religião", garantiu um estudante de medicina.
No local dos protestos pró-Mursi, tendas foram armadas e alguns ambulantes vendiam bebidas, comidas e até mesmo roupas.
Um comunicado foi lido em público, denunciando o estabelecimento de um "Estado policial" após as prisões dos líderes da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder supremo, Mohamed Badie.
Diversos membros do governo de Mursi e lideranças da Irmandade Muçulmana estavam na mesquita cercada pela multidão de simpatizantes.
Os manifestantes garantem que o Exército impõe um bloqueio midiático, principalmente com o fechamento da rede de televisão da Irmandade.
"Eles não querem que saibam que nós somos muitos", afirma Ahmed Ali, um dos militantes. "Mursi não fechou nenhuma rede de televisão durante seu ano de governo, eles fizeram isso na primeira hora", reclama Ahmed Hamaki.
Muitas mulheres também estavam na multidão que cercava a mesquita. "Você não terá festa de aniversário até que Mursi volte ao poder", diz uma delas à filha de quatro anos.
Três jovens mulheres, vestidas com o véu integral (niqab), levavam mortalhas e entoavam cantos islâmicos. Elas garantiram que estão prontas para "morrer pela legitimidade" do presidente deposto, o primeiro eleito democraticamente no país.