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Sem buscas do governo, guatemaltecos se arriscam para achar familiares

Autoridades disseram que chance de encontrar pessoas vivas 72 horas depois da erupção é mínima e pediu à população que fique longe das áreas devastadas

Guatemala: crianças estão entre as vítimas da erupção do vulcão, que enterrou aldeias quase inteiras em cinzas e lama superaquecida (Carlos Jasso/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de junho de 2018 às 19h44.

San Miguel los lotes - Moradores guatemaltecos decidiram continuar a busca por sobreviventes mesmo depois que as equipes de resgate do governo encerraram os trabalhos, nesta quinta-feira, 7.

Segundo autoridades, a chance de encontrar pessoas vivas 72 horas depois da erupção é mínima. Óscar Chávez, no entanto, continua procurando o irmão, a cunhada e o sobrinho. Ele passou o dia andando pela montanha do vulcão junto do pai e do irmão mais novo. Não há notícias sobre seus parentes desde a erupção de domingo.

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Chávez contou que já procurou em abrigos, hospitais e outros locais, mas não teve sucesso. Usando pedaços de pau e um facão, os três batiam no telhado de uma casa enterrada em escombros e tentavam derrubar uma parede. Alguns policiais próximos ao local viram o que a família estava fazendo e decidiram ajudar, levando ferramentas mais robustas.

A Coordenadoria Nacional para Redução de Desastres da Guatemala (Conred) suspendeu os trabalhos de resgate nas áreas afetadas pela erupção do Vulcão de Fogo. Chove na área e, segundo a Conred, o material vulcânico acumulado na região torna o trabalho perigoso para os socorristas. O órgão encerrou as buscas depois que 72 horas se passaram desde o desastre. O Conred também pediu à população que fique longe das áreas devastadas.

Mais cedo na quinta-feira, a Força Aérea dos Estados Unidos transportou seis crianças guatemaltecas com graves queimaduras para tratamento no Texas. Elas serão internadas no Hospital Shriner's, na cidade de Galveston. As crianças estão entre as vítimas da erupção do vulcão, que enterrou aldeias quase inteiras em cinzas e lama superaquecida. Segundo autoridades, 99 mortes foram confirmadas e muitas pessoas ainda estão desaparecidas.

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