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Secretário de Trump vai encontrar imigrantes venezuelanos em Roraima

Pompeo fará uma parada no estado brasileiro para visitar centro de triagem para receber imigrantes e se reunir com ministro das Relações Exteriores

Meninos da tribo indígena venezuelana Warao, no abrigo de Janokoida, em Pacaraima, Roraima, em março de 2019 (AFP/AFP)
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Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 19h09.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 21h27.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, visitará Boa Vista na sexta-feira para se reunir com imigrantes venezuelanos em Roraima, disseram autoridades do Brasil e dos Estados Unidos nesta terça-feira, no momento em que o governo dos Estados Unidos aumenta a pressão para derrubar o presidente da Venezuela , Nicolás Maduro.

A viagem de 17 a 20 de setembro também levará Pompeo a outros vizinhos da Venezuela, como Colômbia, Suriname e Guiana, para encontrar os líderes destes países, informou o Departamento de Estado americano.

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As visitas ocorrem num momento em que os esforços internacionais para promover uma mudança democrática na Venezuela parecem ter estagnado e Maduro sustentou seu controle no poder, apesar da turbulência política e econômica na Venezuela que levou 5 milhões de venezuelanos a fugir do país.

A viagem vai "destacar o compromisso dos Estados Unidos em defender a democracia", disse o Departamento de Estado. Em Boa Vista, Pompeo visitará "imigrantes venezuelanos que fugiram do desastre causado pelo homem na Venezuela", acrescentou o departamento em um comunicado.

Pompeo fará uma parada de 3 horas e 20 minutos na capital de Roraima na tarde de sexta-feira para visitar um centro de triagem para receber imigrantes venezuelanos e se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, segundo o Itamaraty.

A fronteira brasileira com a Venezuela está fechada desde 18 de março devido à pandemia de coronavírus, e o fluxo de imigrantes que chegam ao Brasil caiu de uma média de 600 por dia para poucos venezuelanos que fazem trilhas para entrar no país.

As sanções americanas contra a indústria petrolífera da Venezuela reduziram as exportações de petróleo venezuelanas ao nível mais baixo em décadas, mas não conseguiram afrouxar o controle de Maduro no poder — algo que frustrou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de acordo com autoridades.

Com a aproximação das eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, o governo Trump se prepara para endurecer sua posição, especialmente com mais sanções contra as indústrias de petróleo e ouro da Venezuela.

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