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Seca pode deixar 14 milhões sem comida no sul da África

Especialmente preocupantes são os casos da Zâmbia, Malawi, Madagascar e Zimbábue, que registraram em 2015 os níveis mais baixos de chuva

Seca: os principais afetados são os proprietários de pequenos cultivos, que representam a maior parte da produção agrícola nesta região (Marcello Casal Jr / Agência Brasil/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 13h15.

Johanesburgo - Cerca de 14 milhões de pessoas correm risco de passar fome na África meridional devido às más colheitas pela seca causada pelo El Niño, advertiu nesta segunda-feira o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas em comunicado.

Especialmente preocupantes são os casos da Zâmbia, Malawi, Madagascar e Zimbábue, que registraram em 2015 os níveis mais baixos de chuva da zona devido a uma seca que afetou gravemente o cultivo de cereais e ameaça se prolongar nos próximos meses.

Os principais afetados são os proprietários de pequenos cultivos, que representam a maior parte da produção agrícola nesta região, segundo o comunicado.

"A Zâmbia é um dos celeiros da região e o que está ocorrendo ali é motivo de grande preocupação não só para a Zâmbia, mas para todos os países da zona", declarou a diretora-executiva do PMA, Ertharin Cousin, ao concluir uma visita a esse país.

Cerca de três milhões de pessoas enfrentam a possibilidade de passar fome no Malawi, enquanto quase dois milhões de habitantes de Madagascar e um milhão e meio de pessoas no Zimbábue poderiam ficar sem comida suficiente pela falta de chuvas.

A produção agrícola nestes países se reduziu em 2015 à metade com relação ao volume colhido um ano antes.

Outro dos países gravemente afetados é o pequeno reino de Lesoto, encravado no coração da África do Sul, onde o governo declarou estado de emergência pela seca e cerca de 650 mil pessoas (um terço da população) não têm acesso já aos alimentos necessários.

No Lesoto, e em outros países como Angola, Moçambique e Suazilândia, a escassez de precipitações reduziu de forma drástica o fornecimento de água com graves consequências não só para as colheitas, mas para também para a pecuária.

Estas dificuldades para a agricultura provocaram fortes altas dos preços dos alimentos na zona. O preço do milho -alimento de base na região- no Malawi aumentou 73% com relação ao preço médio dos últimos três anos.

Segundo os especialistas, El Niño é o fenômeno meteorológico de maior impacto das últimas três décadas e teve efeitos sobre o clima no mundo todo.

Como consequência do mesmo, o maior produtor agrícola da África meridional, África do Sul, viveu em 2015 a pior seca em mais de meio século, informa o PMA.

Países como Madagascar, Malawi, Moçambique e Zâmbia estão entre os países do mundo com números mais altas de desnutrição crônica, por isso que os efeitos desta seca podem ser devastadores para a população, especialmente a infantil.

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Johanesburgo - Cerca de 14 milhões de pessoas correm risco de passar fome na África meridional devido às más colheitas pela seca causada pelo El Niño, advertiu nesta segunda-feira o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas em comunicado.

Especialmente preocupantes são os casos da Zâmbia, Malawi, Madagascar e Zimbábue, que registraram em 2015 os níveis mais baixos de chuva da zona devido a uma seca que afetou gravemente o cultivo de cereais e ameaça se prolongar nos próximos meses.

Os principais afetados são os proprietários de pequenos cultivos, que representam a maior parte da produção agrícola nesta região, segundo o comunicado.

"A Zâmbia é um dos celeiros da região e o que está ocorrendo ali é motivo de grande preocupação não só para a Zâmbia, mas para todos os países da zona", declarou a diretora-executiva do PMA, Ertharin Cousin, ao concluir uma visita a esse país.

Cerca de três milhões de pessoas enfrentam a possibilidade de passar fome no Malawi, enquanto quase dois milhões de habitantes de Madagascar e um milhão e meio de pessoas no Zimbábue poderiam ficar sem comida suficiente pela falta de chuvas.

A produção agrícola nestes países se reduziu em 2015 à metade com relação ao volume colhido um ano antes.

Outro dos países gravemente afetados é o pequeno reino de Lesoto, encravado no coração da África do Sul, onde o governo declarou estado de emergência pela seca e cerca de 650 mil pessoas (um terço da população) não têm acesso já aos alimentos necessários.

No Lesoto, e em outros países como Angola, Moçambique e Suazilândia, a escassez de precipitações reduziu de forma drástica o fornecimento de água com graves consequências não só para as colheitas, mas para também para a pecuária.

Estas dificuldades para a agricultura provocaram fortes altas dos preços dos alimentos na zona. O preço do milho -alimento de base na região- no Malawi aumentou 73% com relação ao preço médio dos últimos três anos.

Segundo os especialistas, El Niño é o fenômeno meteorológico de maior impacto das últimas três décadas e teve efeitos sobre o clima no mundo todo.

Como consequência do mesmo, o maior produtor agrícola da África meridional, África do Sul, viveu em 2015 a pior seca em mais de meio século, informa o PMA.

Países como Madagascar, Malawi, Moçambique e Zâmbia estão entre os países do mundo com números mais altas de desnutrição crônica, por isso que os efeitos desta seca podem ser devastadores para a população, especialmente a infantil.

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