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'Líderes já aceitaram que Mubarak vai sair', diz embaixador

O embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantônio Neto, diz que a renúncia é praticamente certa; Mubarak deve se pronunciar a qualquer momento

Mubarak, presidente do Egito: governo confirmou discurso do governante para esta noite (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 17h25.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 16h57.

São Paulo - Neste momento, centenas de milhares de egípcios estão na praça Tahrir, na capital Cairo. A agitação dos manifestantes aumentou muito depois que rumores sobre uma possível renúncia do presidente Hosni Mubarak começaram a circular, nesta quinta-feira (9). A embaixada brasileira acompanha a tensão dos protestos e aguarda o pronunciamento de Mubarak.

"As próprias autoridades já aceitaram que Mubarak tem que sair. O primeiro ministro Ahmed Shafik confirmou que discute esta possibilidade, e o novo secretário-geral do partido do governo também declarou que achava melhor que Mubarak saísse", disse à reportagem de EXAME.com o embaixador brasileiro no Egito, Cesário Melantônio Neto.

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"Se ele não renunciar, teremos um momento muito difícil no Egito. As expectativas da população serão completamente frustradas", disse o embaixador. De acordo com ele, Mubarak deve discursar em rede nacional a qualquer momento. O discurso estava previsto para começar às 22 horas no horário local, 18 horas no horário de Brasília.

"O esperado é que ele anuncie a renúncia, ou uma licença temporária", disse o embaixador. Na prática, a licença deve durar até as eleições presidenciais programadas para setembro. A partir da renúncia, dois cenários principais são prováveis para o Egito. O primeiro é que o poder fique nas mãos do vice-presidente Omar Suleiman.

Ainda há a possibilidade de um terceiro nome, do alto comando das forças armadas, chegar à presidência para liderar a transição. Em qualquer dos casos, o embaixador brasileiro acredita que haverá participação da oposição. "Eles se organizaram desta forma justamente para ter voz no governo. Acho difícil que fiquem de fora, independente do que os militares decidam", disse Melantônio Neto.

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