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Sauditas forçaram Khashoggi a mandar mensagem a seu filho, diz jornal

Discussão terminou quando os agentes começaram a asfixiar o jornalista com uma corda de plástico ou uma bolsa, disse um jornal turco

Equipe que assassinou o jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul tentou forçá-lo a enviar uma mensagem ao seu filho Salah (Osman Orsal/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de novembro de 2018 às 10h37.

Última atualização em 19 de novembro de 2018 às 10h44.

Istambul - A equipe de 15 agentes sauditas que assassinou o jornalista Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul tentou forçá-lo a enviar uma mensagem ao seu filho Salah, residente na Arábia Saudita, informa nesta segunda-feira o jornal turco "Hürriyet".

Segundo a publicação, que não esclarece suas fontes, as gravações existentes mostram que a equipe saudita tentou obrigar o jornalista a enviar a mensagem, quando Khashoggi se negou e começou uma discussão a gritos, que terminou quando os agentes começaram a asfixiar o jornalista com uma corda de plástico ou uma bolsa, acrescenta o jornal.

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De acordo com a publicação, existe uma gravação na qual é possível escutar a respiração ofegante da vítima.

Não está claro qual instrumento foi utilizado para matar Khashoggi e qual o intuito da mensagem, afirma o "Hürriyet", especulando sobre a possibilidade de o objetivo ter sido utilizado como álibi para a equipe que cometeu o assassinato, que, segundo todos os indícios reunidos pelos investigadores turcos, já tinha planejado o crime.

Isto também decorre do fato de que logo depois de Khashoggi morrer os agentes não mostraram nenhum nervosismo ou inquietação, como teria sido normal em caso de uma morte imprevista, e agiram com tranquilidade na hora de se desfazer do corpo, acrescenta o "Hürriyet".

O jornal afirma saber que antes do fato, a equipe já tinha entrado em contato com Salah Khashoggi, que finalmente apareceu publicamente no dia 23 de outubro apertando a mão do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, a quem a CIA considera o principal responsável pelo assassinato, segundo a imprensa dos Estados Unidos.

Dois dias mais tarde, Salah Khashoggi deixou a Arábia Saudita e viajou para os EUA.

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