Santos denuncia que Farc violaram compromissos de paz
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, denunciou o sequestro de um ex-militar americano no mês passado
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 16h43.
Medellín - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, denunciou nesta terça-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) cometeram uma "violação flagrante" dos compromissos anunciados depois do início dos diálogos de paz em Havana após o sequestro de um ex-militar americano no mês passado.
"Estes senhores das Farc estão violando de forma flagrante o compromisso que fizeram no começo dos diálogos, mantêm em cativeiro um cidadão americano. E não o sequestraram antes, o sequestraram recentemente; sem nenhum tipo de justificativa, sem nenhum motivo", declarou o presidente em Medellín durante a inauguração da feira Colombiamoda 2013.
Na sexta-feira passada, as Farc informaram em comunicado que no dia 20 de junho sequestraram o cidadão americano Kevin Scott Sutay, e ofereceram sua libertação como um "gesto" de boa vontade no marco das negociações de paz com o governo, realizadas em Havana desde novembro.
Para a libertação de Sutay, as Farc pediram a formação de uma comissão humanitária composta pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), pela ex-senadora Piedad Córdoba e por um delegado da comunidade de San Egidio, mas Santos rejeitou hoje a possibilidade da ex-senadora participar da comissão.
Segundo o chefe de Estado, o que as Farc pretendem é fazer "novamente um show midiático" para que "o país e o mundo lhes agradeçam pelo gesto humanitário", e afirmou que não está disposto a permiti-lo.
"Quero lhes dizer, de forma clara e contundente: Não vou permitir que a senhora Piedad Córdoba, nem outro funcionário de nenhuma natureza, intervenham por este senhor que está sequestrado", disse o presidente em Medellín.
Acrescentou que "somente" permitirá à Cruz Vermelha "que de forma totalmente discreta faça os preparativos do caso" para facilitar a libertação do americano, sequestrado em Guaviare.
Santos qualificou de "contrassenso" que a guerrilha entregue o ex-militar como "um gesto" no marco das negociações de paz depois de "violar seus compromissos com o governo e o mundo".
As Farc anunciaram em um comunicado, publicado em fevereiro de 2012, que acabariam com sequestros com objetivos financeiros e que libertariam os últimos dez policiais e militares que mantinham em condição de reféns.
Segundo os dados apresentados pelas Farc, Kevin Scott Sutay é originário de Nova York, estava viajando por México, Honduras, Costa Rica, Nicarágua e Panamá e tinha servido nas Forças Armadas americanas entre 2009 e março de 2013, tempo durante o qual combateu como especialista em explosivos na guerra do Afeganistão.
As Farc afirmaram que no departamento do Guaviare, onde foi sequestrado, está a "sede da base militar de Barrancón, que é conhecida pela presença de militares norte-americanos".
Diante de tais declarações, o embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Michael McKinley, exigiu sua libertação "o mais rápido possível" e garantiu que Sutay estava no país apenas como turista "que nada tem a ver com o conflito".
Medellín - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, denunciou nesta terça-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) cometeram uma "violação flagrante" dos compromissos anunciados depois do início dos diálogos de paz em Havana após o sequestro de um ex-militar americano no mês passado.
"Estes senhores das Farc estão violando de forma flagrante o compromisso que fizeram no começo dos diálogos, mantêm em cativeiro um cidadão americano. E não o sequestraram antes, o sequestraram recentemente; sem nenhum tipo de justificativa, sem nenhum motivo", declarou o presidente em Medellín durante a inauguração da feira Colombiamoda 2013.
Na sexta-feira passada, as Farc informaram em comunicado que no dia 20 de junho sequestraram o cidadão americano Kevin Scott Sutay, e ofereceram sua libertação como um "gesto" de boa vontade no marco das negociações de paz com o governo, realizadas em Havana desde novembro.
Para a libertação de Sutay, as Farc pediram a formação de uma comissão humanitária composta pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), pela ex-senadora Piedad Córdoba e por um delegado da comunidade de San Egidio, mas Santos rejeitou hoje a possibilidade da ex-senadora participar da comissão.
Segundo o chefe de Estado, o que as Farc pretendem é fazer "novamente um show midiático" para que "o país e o mundo lhes agradeçam pelo gesto humanitário", e afirmou que não está disposto a permiti-lo.
"Quero lhes dizer, de forma clara e contundente: Não vou permitir que a senhora Piedad Córdoba, nem outro funcionário de nenhuma natureza, intervenham por este senhor que está sequestrado", disse o presidente em Medellín.
Acrescentou que "somente" permitirá à Cruz Vermelha "que de forma totalmente discreta faça os preparativos do caso" para facilitar a libertação do americano, sequestrado em Guaviare.
Santos qualificou de "contrassenso" que a guerrilha entregue o ex-militar como "um gesto" no marco das negociações de paz depois de "violar seus compromissos com o governo e o mundo".
As Farc anunciaram em um comunicado, publicado em fevereiro de 2012, que acabariam com sequestros com objetivos financeiros e que libertariam os últimos dez policiais e militares que mantinham em condição de reféns.
Segundo os dados apresentados pelas Farc, Kevin Scott Sutay é originário de Nova York, estava viajando por México, Honduras, Costa Rica, Nicarágua e Panamá e tinha servido nas Forças Armadas americanas entre 2009 e março de 2013, tempo durante o qual combateu como especialista em explosivos na guerra do Afeganistão.
As Farc afirmaram que no departamento do Guaviare, onde foi sequestrado, está a "sede da base militar de Barrancón, que é conhecida pela presença de militares norte-americanos".
Diante de tais declarações, o embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Michael McKinley, exigiu sua libertação "o mais rápido possível" e garantiu que Sutay estava no país apenas como turista "que nada tem a ver com o conflito".