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Samsung é investigada por escândalo de corrupção na Coreia do Sul

Promotoria da Coreia do Sul suspeita que a Samsung possa estar envolvida no escândalo de corrupção em torno da presidente do país

Escritório da Samsung: empresa é suspeita de tráfico de influência no escândalo de corrupção que envolve a presidente da Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters)

Escritório da Samsung: empresa é suspeita de tráfico de influência no escândalo de corrupção que envolve a presidente da Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 08h10.

Seul - Representantes da promotoria da Coreia do Sul estiveram nesta terça-feira nos escritórios da Samsung, em Seul, por conta da suspeita de que a empresa poderia estar envolvida no escândalo de corrupção em torno da presidente do país, Park Geun-hye, e sua confidente e amiga, Choi Soon-sil.

Segundo confirmou à Agência Efe um porta-voz da Samsung, o escritório responsável pelas relações externas da companhia diante da suspeita de que pode ser responsável de um crime de tráfico de influência que busca favorecer a filha de Choi, a cavaleira Chung Yoo-ra, diante da Federação de Equitação da Coreia do Sul.

Especificamente, a promotoria investiga acusações de que a Samsung enviou US$ 3,1 milhões para uma empresa que está em nome de Choi, na Alemanha, para financiar a carreira de sua filha, de 20 anos.

É a primeira vez em oito anos que funcionários do Ministério Público sul-coreano entram nas sedes do maior conglomerado do país asiático.

O fato acontece apenas cinco dias depois de que um diretor da Samsung foi interrogado sobre as suspeitas que Choi, em parceria com um ex-secretário da presidente sul-coreana, arquitetou um plano para pressionar empresas que doassem fundos para duas fundações sem fins lucrativos.

Acredita-se que Choi Soon-sil tenha se apropriado ilicitamente de parte dessas verbas.

Aos 60 anos de idade, ela está presa desde a semana passada, enquanto segue sendo interrogada e suas finanças investigadas.

Além disso, Choi está sendo acusada, no que seria o maior escândalo de corrupção no país nos últimos anos, de acessar documentos oficiais restritos e modificar discursos importantes da presidente Park Geun-hye, cuja popularidade caiu para cerca de 5%.

Choi Soon-sil é filha do falecido líder de uma seita religiosa que se tornou mentor de Park há décadas.

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