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Salafistas tentam incendiar TV tunisiana após exibição de 'Persépolis'

Filme franco-iraniano descreve o regime iraniano de Khomeini através do olhar de uma menina

Os salafistas protestaram contra a exibição do filme "Persépolis" (AFP/Fethi Belaid)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2011 às 12h20.

Túnis - Cerca de 300 pessoas, incluindo 200 salafistas, tentaram incendiar neste domingo a sede da televisão privada Nessma em Túnis após a difusão na sexta-feira à noite do filme franco-iraniano Persépolis e um debate sobre o integrismo religioso, informou a rede e o Ministério do Interior.

"Trezentas pessoas atacaram nossa sede e tentaram incendiá-la", declarou à AFP o presidente da Nessma, Nebil Karoui, acrescentando que a rede de televisão tinha recebido ameaças de morte após a difusão do filme de animação de Marjane Satrapi "Persépolis", que descreve o regime iraniano de Khomeini através do olhar de uma menina.

"Cerca de 200 salafistas, que se uniram a por volta de cem pessoas, foram até a Nessma para atacar a rede. As forças de segurança intervieram e dispersaram os agressores", afirmou à AFP o porta-voz de Interior, Hishem Medeb, que indicou dezenas de detenções.

"Depois da apresentação de Persépolis, na sexta-feira houve convocações no Facebook para queimar a Nessma e matar os jornalistas", contou Karoui.

"Estamos acostumados às ameaças, mas o grave é que desta passaram à ação. A Nessma é a rede moderna do Magreb, não nos deixaremos intimidar e continuaremos exibindo os filmes que quisermos. Não derrubaram uma ditadura para voltar a outra", declarou.

O ataque dos salafistas em Túnis ocorre no dia seguinte a uma invasão de homens armados à Faculdade de Letras de Susa (sul) depois que foi rejeitada a matrícula de uma estudante vestindo niqab.

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Túnis - Cerca de 300 pessoas, incluindo 200 salafistas, tentaram incendiar neste domingo a sede da televisão privada Nessma em Túnis após a difusão na sexta-feira à noite do filme franco-iraniano Persépolis e um debate sobre o integrismo religioso, informou a rede e o Ministério do Interior.

"Trezentas pessoas atacaram nossa sede e tentaram incendiá-la", declarou à AFP o presidente da Nessma, Nebil Karoui, acrescentando que a rede de televisão tinha recebido ameaças de morte após a difusão do filme de animação de Marjane Satrapi "Persépolis", que descreve o regime iraniano de Khomeini através do olhar de uma menina.

"Cerca de 200 salafistas, que se uniram a por volta de cem pessoas, foram até a Nessma para atacar a rede. As forças de segurança intervieram e dispersaram os agressores", afirmou à AFP o porta-voz de Interior, Hishem Medeb, que indicou dezenas de detenções.

"Depois da apresentação de Persépolis, na sexta-feira houve convocações no Facebook para queimar a Nessma e matar os jornalistas", contou Karoui.

"Estamos acostumados às ameaças, mas o grave é que desta passaram à ação. A Nessma é a rede moderna do Magreb, não nos deixaremos intimidar e continuaremos exibindo os filmes que quisermos. Não derrubaram uma ditadura para voltar a outra", declarou.

O ataque dos salafistas em Túnis ocorre no dia seguinte a uma invasão de homens armados à Faculdade de Letras de Susa (sul) depois que foi rejeitada a matrícula de uma estudante vestindo niqab.

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