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Rússia vai propor que sírios comecem reforma de 18 meses

Documento mostra que a Rússia quer que o governo sírio e a oposição cheguem a acordo para iniciar processo de reforma constitucional de até 18 meses

Destruição na cidade de Alepo, na Síria: russos elaboraram a proposta de oito pontos antes de uma segunda rodada de negociações multilaterais (Reuters / Abdalrhman Ismail)
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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 17h09.

A Rússia quer que o governo sírio e a oposição cheguem a um acordo para iniciar um processo de reforma constitucional de até 18 meses, que será seguido de eleições presidenciais antecipadas, revelou um documento obtido pela Reuters nesta terça-feira.

A proposta de oito pontos, elaborada pelos russos antes de uma segunda rodada de negociações multilaterais sobre a Síria em Viena, no fim desta semana, não descarta a participação do presidente sírio, Bashar al-Assad, nas eleições antecipadas, algo que seus rivais dizem ser impossível se o objetivo for alcançar a paz.

"O presidente popularmente eleito da Síria terá as funções de comandante-chefe das Forças Armadas, controle de serviços especiais e da política externa", afirmou o documento.

De acordo com a proposta, os lados sírios devem concordar com as etapas em uma futura conferência organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), e o processo de reforma não seria conduzido por Assad, mas por um candidato acordado entre todas as partes.

Rússia e Irã têm sido os principais aliados da Síria durante os quase cinco anos de guerra. Os Estados Unidos, seus aliados no Golfo e a Turquia têm dito que Assad precisa deixar o poder para que haja paz.

Depois de inicialmente rejeitar grupos de oposição sírios que combatem Assad, a Rússia tem intensificado os esforços diplomáticos para resolver o conflito que já matou cerca de 250.000 pessoas e deslocou milhões de sírios.

O documento diz ainda que a oposição síria que participar do processo político precisará formar uma "delegação unida" e previamente acordada.

"(Eles devem) compartilhar os objetivos de evitar que terroristas cheguem ao poder na Síria e garantir a soberania, a integridade territorial e a independência política da Síria, bem como o caráter secular e democrático do Estado."

Texto atualizado às 18h09

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A Rússia quer que o governo sírio e a oposição cheguem a um acordo para iniciar um processo de reforma constitucional de até 18 meses, que será seguido de eleições presidenciais antecipadas, revelou um documento obtido pela Reuters nesta terça-feira.

A proposta de oito pontos, elaborada pelos russos antes de uma segunda rodada de negociações multilaterais sobre a Síria em Viena, no fim desta semana, não descarta a participação do presidente sírio, Bashar al-Assad, nas eleições antecipadas, algo que seus rivais dizem ser impossível se o objetivo for alcançar a paz.

"O presidente popularmente eleito da Síria terá as funções de comandante-chefe das Forças Armadas, controle de serviços especiais e da política externa", afirmou o documento.

De acordo com a proposta, os lados sírios devem concordar com as etapas em uma futura conferência organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), e o processo de reforma não seria conduzido por Assad, mas por um candidato acordado entre todas as partes.

Rússia e Irã têm sido os principais aliados da Síria durante os quase cinco anos de guerra. Os Estados Unidos, seus aliados no Golfo e a Turquia têm dito que Assad precisa deixar o poder para que haja paz.

Depois de inicialmente rejeitar grupos de oposição sírios que combatem Assad, a Rússia tem intensificado os esforços diplomáticos para resolver o conflito que já matou cerca de 250.000 pessoas e deslocou milhões de sírios.

O documento diz ainda que a oposição síria que participar do processo político precisará formar uma "delegação unida" e previamente acordada.

"(Eles devem) compartilhar os objetivos de evitar que terroristas cheguem ao poder na Síria e garantir a soberania, a integridade territorial e a independência política da Síria, bem como o caráter secular e democrático do Estado."

Texto atualizado às 18h09

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