Militantes do Estado Islâmico (AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2015 às 16h44.
Moscou - O Kremlin negou nesta quarta-feira supostos planos de atacar posições do Estado Islâmico (EI) no Iraque após assegurar que Bagdá nunca se dirigiu à Rússia para que intervenha militarmente em seu território.
"Não, o Iraque não solicitou ajuda" militar, disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, que negou que os aviões russos que atacaram hoje as posições do EI na Síria tenha penetrado no espaço aéreo iraquiano.
Peskov destacou que as autoridades iraquianas elogiaram hoje a decisão russa de intervir na Síria com a segurança que os bombardeios russos se limitarão ao território do país árabe vizinho.
O porta-voz ressaltou também que a intervenção russa será "temporária" e se prolongará enquanto durar a ofensiva do exército sírio contra as posições jihadistas.
Bagdá acolhe o centro de coordenação antiterrorista criado recentemente por Rússia, Síria, Irã e Iraque, cujo objetivo é a troca de informação entre os comandantes militares desses países para o combate contra o EI em toda a região do Oriente Médio.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu hoje a legitimidade da intervenção russa na Síria por ter sido solicitada por escrito pelo próprio líder sírio, Bashar al Assad, ao contrário do que ocorre com os bombardeios de Estados Unidos, França e Austrália.
O Ministério de Defesa russo informou que seus aviões efetuaram hoje os primeiros ataques contra oito alvos do EI em áreas montanhosas da Síria, de centros de comando a arsenais de armas.