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Rússia insinua que EUA querem destruir provas de uso de armas químicas

A a porta-voz da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que EUA querem lançar mísseis inteligentes na Síria para destruir as provas do uso de armas químicas

Rússia: "Os inspetores da OPAQ já sabem que os mísseis inteligentes vão eliminar agora todo rastro do uso de armas químicas?", disse porta-voz russa em Facebook (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de abril de 2018 às 10h32.

Última atualização em 11 de abril de 2018 às 10h41.

Moscou - Os mísseis com os quais os EUA querem atacar a Síria podem destruir as provas do uso de armas químicas nesse país, sugeriu nesta quarta-feira a porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, em mensagem de resposta ao tweet do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre um iminente bombardeio.

"Os inspetores da OPAQ (Organização para a Proibição das Armas Químicas) já sabem que os mísseis inteligentes vão eliminar agora todo rastro do uso de armas químicas? ", se perguntou Zakharova em mensagem publicada em sua conta do Facebook.

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A porta-voz de Relações Exteriores respondeu assim ao tweet de Trump no qual advertiu à Rússia que se prepare para derrubar os mísseis "lindos, novos e inteligentes" que os EUA planejam disparar contra a Síria em represália pelo suposto ataque com armas químicas em Duma.

"A Rússia promete derrubar todos os mísseis disparados contra a Síria. Prepara-te, Rússia! Não deveria ser cúmplice de um animal que mata com gás, que mata sua gente e desfruta disso!", escreveu Trump em sua conta do Twitter.

Zakharova disse que "os mísseis inteligentes devem ser dirigidos contra os terroristas e não contra um governo legítimo que há tantos anos luta contra o terrorismo internacional em seu território".

A porta-voz insistiu que talvez o propósito destes planos seja "apagar todas as marcas da provocação (suposto uso de armas químicas) com ataques com mísseis inteligentes" para que os inspetores internacionais não possam encontrar nada de provas.

Moscou advertiu previamente a Washington sobre as "graves consequências" do possível ataque contra o Exército sírio, especialmente se o uso da força afetar as tropas russas desdobradas no país.

 

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