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Rússia fala de situação alarmante na Venezuela e insiste em diálogo

A Rússia voltou a criticar o reconhecimento de Guaidó como presidente interino e falou sobre a necessidade de diálogo entre o governo Maduro e a oposição

Venezuela: vários países europeus reconheceram nesta segunda-feira Guaidó como presidente interino (Edgard Garrido/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 11h32.

Moscou — A Rússia expressou nesta terça-feira preocupação pela situação criada na Venezuela após o reconhecimento, por vários países europeus, de Juan Guaidó como presidente interino do país, e insistiu na necessidade de diálogo entre o Governo de Nicolás Maduro e a oposição.

"Avaliamos a situação como alarmante, resultado de uma grosseira violação do princípio de não ingerência nos assuntos internos de um Estado soberano", disse o ministro russo de Relações Exteriores, Sergey Lavrov, durante um discurso diante dos estudantes da uma universidade em Dusambe.

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Lavrov disse que "quando desde fora anunciam que a Venezuela tem agora um novo presidente interino isso já não tem nome".

Para Lavrov, também é preocupante que as iniciativas que buscam incentivar o diálogo interno sejam "rechaçadas" por outras ideias dirigidas a uma "mudança de poder".

Neste sentido, voltou a expressar o respaldo de Moscou à conferência internacional com a participação de todas as forças políticas venezuelanas em Montevidéu, proposta pelo México e Uruguai, e questionou a validade do Grupo Internacional de Contato formado por países europeus e iberoamericanos pelo enfoque baseado em "ultimatos".

Além disso, lamentou que os países europeus ignorem o interesse da Rússia e China para participar da busca de alternativas para ajudar às partes enfrentadas na Venezuela a chegar a um acordo.

O Kremlin se pronunciou na segunda-feira também sobre o apoio europeu a Guaidó, ao qualificá-lo de uma "ingerência direta e indireta em assuntos da Venezuela".

O porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, insistiu que os únicos atores capazes de resolver a crise política interna do país latino-americano são os próprios venezuelanos.

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