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Rússia espera colaboração do Ocidente em operação antiterrorista na Síria

O ministro russo disse que o Ocidente vai falar em um suposto ataque químico do governo sírio em Idlib, para justificar uma agressão contra o governo Assad

Idib: o porta-voz russo disse que há um grande entendimento político com a Turquia, que, em tese, apoia os rebeldes na guerra da Síria (Ammar Abdullah/Reuters)
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AFP

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 14h58.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse esperar que os países ocidentais "não ofereçam obstáculos à operação antiterrorista" em Idlib, última região síria que não é controlada pelas forças governamentais.

"Espero que nossos sócios ocidentais não favoreçam as provocações, não ofereçam obstáculos à operação antiterrorista" em Idlib, afirmou Lavrov, em entrevista coletiva acompanhado do chanceler saudita, Adel al-Jubeir.

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Fronteiriça com a Turquia, a província de Idlib é o último bastião insurgente do país que o presidente sírio, Bashar al-Assad, apoiado por Moscou, deseja retomar.

Lavrov disse ainda que há um "total entendimento político" entre Rússia e Turquia, país que, em tese, apoia os rebeldes na guerra da Síria.

Ambos os países lançaram intensas negociações para evitar que a situação em Idlib afete a aliança de Moscou e Ancara para pôr fim ao conflito sírio.

"É preciso dissociar a chamada oposição moderada dos terroristas e, ao mesmo tempo, preparar a operação contra eles, minimizando os riscos para a população civil", acrescentou Lavrov.

O ministro russo reiterou que o Ocidente está "ativando a ideia" de um "suposto ataque químico por parte do governo sírio" em Idlib, para justificar depois uma agressão contra o governo Assad.

Uma ofensiva de Damasco na província de Idlib parece cada dia mais iminente, apesar do problema representado pela variedade de habitantes que vivem na província - de populações deslocadas a rebeldes moderados e islamistas radicais.

Hoje, cerca de 60% de Idlib está dominada pelo Hayat Tahrir Al Sham (HTS), um grupo formado por membros do antigo braço da Al-Qaeda na Síria.

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