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Rússia e Japão mantêm profundas divergências sobre ilhas Curilas

Chanceler japonês, Seiji Maehara foi muito crítico às recentes visitas de russos à ilha, em poder de Moscou desde a Segunda Guerra

Seiji Maehara, ministro japonês das Relações Exteriores: "Territórios do Norte são parte ancestral do Japão" (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Seiji Maehara, ministro japonês das Relações Exteriores: "Territórios do Norte são parte ancestral do Japão" (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 10h41.

Moscou - Rússia e Japão não alcançaram superar hoje suas profundas divergências sobre a soberania das ilhas Curilas, em poder de Moscou desde a Segunda Guerra Mundial, embora tenham acertado normalizar suas tensas relações bilaterais.

"Nossas posições continuam sendo paralelas", afirmou o ministro de Exteriores japonês, Seiji Maehara, na entrevista coletiva conjunta com seu colega russo, Sergei Lavrov, ao ressaltar que não houve nenhuma aproximação de posturas sobre o litígio territorial.

Maehara, que foi muito crítico com as recentes visitas de funcionários altos cargos russos às Curilas, insistiu em que "os Territórios do Norte (como chamam os japoneses esse arquipélago) são parte ancestral do Japão".

"Isto se pode dizer do ponto de vista histórico e da postura que respalda a comunidade internacional", disse.

Por sua parte, Lavrov criticou as "posições radicais" de Tóquio em relação às negociações para a assinatura de um tratado de paz entre ambos os países pendente desde o fim da disputa mundial.

O chefe da diplomacia russa propôs criar uma comissão de historiadores para resolver as diferenças entre ambos os países.

Por outro lado, Maehara expressou suas dúvidas sobre a iniciativa e se opôs a que outros países invistam no território, como propôs esta semana o presidente russo, Dmitri Medvedev.

Lavrov também criticou os incidentes ocorridos na segunda-feira nos quais ultranacionalistas japoneses ultrajaram a bandeira da Rússia em frente à embaixada deste país em Tóquio, ações que qualificou de "inadmissíveis".

"Certamente, isto deteriora a atmosfera geral de nossas relações e não contribui para seu desenvolvimento construtivo", assinalou.

A esse respeito, Maehara assegurou que a Polícia investiga o incidente e prometeu que os culpados serão castigados se for confirmado que ultrajaram a bandeira russa.

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