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Rússia alista 16 mil novos recrutas para lutar na Ucrânia após atentado terrorista em Moscou

Centros de recrutamento militar observaram aumento de voluntários no período posterior ao ataque contra o Crocus City Hall, reivindicado pelo Estado Islâmico

Atentado na Rússia: o presidente Vladimir Putin insiste em vincular o ataque à Ucrânia (Serviço de Emergência da Ucrânia/Divulgação)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 3 de abril de 2024 às 10h09.

O Ministério da Defesa da Rússia indicou, nesta quarta-feira, que 16 mil novos recrutas se alistaram em centros de recrutamento militar nas últimas semanas, desde oatentado terrorista contra uma casa de shows no mês passado, em um subúrbio de Moscou.

O ataque, que deixou 144 mortos e dezenas de feridos, foi reivindicado pelo Estado Islâmico — mas autoridades russas insistem em vinculá-lo à Ucrânia. Kiev nega.

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"[Os centros de recrutamento] registraram uma alta significativa do número de pessoas que querem assinar contrato (...) na última semana em meia", afirmou o Ministério em um comunicado publicado pelo Telegram, referindo-se ao intervalo de tempo que corresponde à data do ataque contra o Crocus City Hall. "No total, 16 mil cidadãos assinaram contratos para participar da operação militar especial [termo que o Kremlin utiliza para a ofensiva na Ucrânia] nos últimos 10 dias".

Ataques na Rússia

Emborao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) tenha reivindicado a autoria do ataquemais mortal na Rússia nas últimas décadas, as autoridades russas, especialmente o presidente Vladimir Putin,insistem em vincular o ataque à Ucrânia. Kiev nega as acusações e países ocidentais dizem ter informações de inteligência que apontam para a responsabilidade do grupo terrorista.

Ainda de acordo com o ministério russo, os novos recrutas "indicaram que a principal motivação para assinar o contrato foi o desejo de vingar as vítimas da tragédia" no Crocus City Hall.

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