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Rússia afirma que os EUA serão o principal beneficiado com corte de gás à Europa

Rússia acusa EUA e Europa de causarem crise no fornecimento de gás natural e afetarem padrão de vida

Gasoduto: a disputa sobre o fornecimento de gás entre Rússia e Ucrânia impacta a Europa (Tomas Benedikovic/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 16h03.

Última atualização em 2 de janeiro de 2025 às 16h29.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou nesta quinta-feira, 2, que o corte do fornecimento de gás russo pela Ucrânia , iniciado ontem, enfraquece o potencial econômico da Europa e favorece os Estados Unidos.

“A interrupção do fornecimento de combustível russo, competitivo e respeitoso com o meio ambiente, não apenas enfraquece o potencial econômico da Europa mas também tem um impacto muito negativo no padrão de vida dos cidadãos europeus”, afirmou Maria Zakharova, porta-voz do ministério, em comunicado.

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Segundo Zakharova, “o principal beneficiário da redistribuição do mercado energético europeu”, assim como “o patrocinador da crise ucraniana”, seria Washington. Ela também enfatizou que a responsabilidade pela interrupção do fornecimentorecai sobre os EUA, Kiev e autoridades europeias, acusando-os de priorizar a economia americana em detrimento do bem-estar de seus próprios cidadãos.

Reações na Europa

Na quarta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu o fim do trânsito de gás russo como “uma das maiores derrotas de Moscou”. Ele destacou que amaioria dos países europeus conseguiu se adaptar às mudanças no mercado energético, minimizando os impactos.

Por outro lado, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, expressou preocupação sobre as “severas consequências” econômicas que o corte pode trazer à União Europeia.

Impacto no mercado energético

O sistema de gasodutos ucranianos permitia ao consórcio russo Gazprom exportar gás para países como Áustria, Hungria, Eslováquia e Moldávia. O contrato de trânsito gerava aproximadamente US$ 700 milhões anuais para Kiev.

Entretanto, as autoridades ucranianas decidiram não renovar o acordo, buscando evitar que Moscou obtivesse recursos para financiar sua ofensiva militar.

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