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Rússia acusa EUA de violarem tratado de armas e ameaça retaliação por eventual uso

Moscou está retomando a produção de mísseis terrestres de alcance intermediário similares aos que vêm sendo empregados pelos americanos

Vladimir Putin, presidente da Rússia (AFP)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 6 de maio de 2024 às 15h10.

Última atualização em 6 de maio de 2024 às 15h26.

A Rússia acusou os Estados Unidos de exportarem para aliados armas proibidas pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, e alertou que vai retaliar "quando e onde" identificar o seu uso. Moscou está retomando a produção de mísseis terrestres de alcance intermediário similares aos que vêm sendo empregados pelos americanos, segundo informou o Ministério de Relações em comunicado nesta segunda-feira, 16.

"Tendo em conta os anúncios anteriores em P&D pesquisa e desenvolvimento e os desdobramentos acumulados pelo complexo militar-industrial russo, esse processo não demorará muito", alertou a pasta. "Declaramos explicitamente que, quando e onde quer que apareçam mísseis de alcance intermediário baseados em terra fabricados pelos EUA, nos reservamos o direito de responder da mesma forma, o que significará o fim da moratória unilateral da Rússia sobre a implantação desses sistemas de armas."

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O ministério também disse que vai considerar os caças F-16 multifuncionais fabricados nos EUA usados como transportadores de material nuclear, e interpretar o uso pela Ucrânia como uma provocação deliberada dos EUA e da Otan. Isso porque, segundo o comunicado, esse tipo de aeronave foi empregado por anos nas frotas da Otan voltadas para "missões nucleares conjuntas".

O comunicado reiterou que o anúncio de que Rússia fará futuros exercícios militares com armas nucleares ocorre como resposta às "declarações belicosas" de líderes do Ocidente e "ações desestabilizadoras" de países da Otan. "Esperamos que este acontecimento acalme os 'cabeças quentes' nas capitais ocidentais, os ajude a perceber as possíveis consequências catastróficas dos riscos estratégicos que geram, e os impeça de ajudar o regime de Kiev nas suas ações terroristas e de serem arrastados para uma confronto armado direto com a Rússia ", finaliza a nota.

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