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Romney volta a ser questionado por seu passado como investidor

Romney, que dirigiu por 15 anos o fundo de investimentos Bain Capital, teria mentido sobre a data em que abandonou o mesmo

Mitt Romney: artigo levanta dúvidas sobre a responsabilidade de Romney nos cortes de empregos ligados a compras de empresas do fundo (Jessica Kourkounis)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 21h05.

Washington - O candidato republicano à presidência americana, Mitt Romney, voltou a ser questionado pela imprensa nesta quinta-feira, por causa de seu passado como líder de um fundo de investimentos, uma boa notícia para a campanha de Barack Obama, cuja equipe não demorou a aproveitar.

Segundo o jornal "Boston Globe", Romney, que dirigiu por 15 anos o fundo de investimentos Bain Capital, teria mentido sobre a data em que abandonou o mesmo.

"É hora de Mitt Romney ser transparente, para que os americanos possam formar sua própria opinião sobre sua gestão e suas motivações", disse Stephanie Cutter, porta-voz da campanha de Barack Obama.

Romney diz ter deixado o Bain Capital em 1999, data em que se ocupou da organização dos Jogos de Inverno de Salt Lake City. Mas segundo o Boston Globe, o agora líder republicano teria ficado mais três anos, e, em 2002, ainda controlava 100% do Bain Capital, pouco antes de se tornar governador de Massachusetts.

Estas informações acrescentam confusão às finanças do candidato, que continua se negando a divulgar o montante de sua renda anterior a 2010 e de seus bens no exterior.


O artigo levanta dúvidas sobre a responsabilidade de Romney nos cortes de empregos ligados a compras de empresas pelo Bain Capital entre 1999 e 2002. A equipe de Romney negou estas informações, bem como o fundo de investimentos.

"O artigo não é exato. Como disseram o Bain Capital e o governador Romney, este deixou o fundo em fevereiro de 1999 para dirigir os Jogos Olímpicos, e não se ocupou de investimentos, nem da gestão de empresas, após essa data", garantiu Andrea Saul, porta-voz de Romney.

O Bain Capital enfatizou que Romney "não tem nenhum tipo de ligação com a administração ou as atividades de investimento da firma ou das empresas de seu portfólio desde o dia de sua partida".

Mais tarde, a equipe de campanha de Barack Obama mencionou o assunto em uma entrevista coletiva. "Mitt Romney é o candidato mais furtivo a uma eleição presidencial desde Richard Nixon", provocou Stephanie.

O advogado da equipe de Obama, Bob Bauer, assinalou que a desvinculação do Bain Capital em 1999, reivindicada por Romney, "contradiz diretamente os documentos certificados da SEC (órgão que regulamenta o mercado de ações americano), o que poderia ter consequências judiciais muito graves".

No que se refere às atividades de Romney no Bain Capital, "não é uma boa qualificação para conduzir uma economia nacional que uma das coisas em que se tem experiência seja transferir empregos americanos para o exterior", comentou Stephanie.

Neste sentido, o chefe de campanha do candidato republicano, Matt Rhoades, criticou a porta-voz do chefe da Casa Branca por suas palavras "temerárias e sem fundamento", e pediu a Obama "desculpas pelo comportamento fora de controle de sua equipe".

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Washington - O candidato republicano à presidência americana, Mitt Romney, voltou a ser questionado pela imprensa nesta quinta-feira, por causa de seu passado como líder de um fundo de investimentos, uma boa notícia para a campanha de Barack Obama, cuja equipe não demorou a aproveitar.

Segundo o jornal "Boston Globe", Romney, que dirigiu por 15 anos o fundo de investimentos Bain Capital, teria mentido sobre a data em que abandonou o mesmo.

"É hora de Mitt Romney ser transparente, para que os americanos possam formar sua própria opinião sobre sua gestão e suas motivações", disse Stephanie Cutter, porta-voz da campanha de Barack Obama.

Romney diz ter deixado o Bain Capital em 1999, data em que se ocupou da organização dos Jogos de Inverno de Salt Lake City. Mas segundo o Boston Globe, o agora líder republicano teria ficado mais três anos, e, em 2002, ainda controlava 100% do Bain Capital, pouco antes de se tornar governador de Massachusetts.

Estas informações acrescentam confusão às finanças do candidato, que continua se negando a divulgar o montante de sua renda anterior a 2010 e de seus bens no exterior.


O artigo levanta dúvidas sobre a responsabilidade de Romney nos cortes de empregos ligados a compras de empresas pelo Bain Capital entre 1999 e 2002. A equipe de Romney negou estas informações, bem como o fundo de investimentos.

"O artigo não é exato. Como disseram o Bain Capital e o governador Romney, este deixou o fundo em fevereiro de 1999 para dirigir os Jogos Olímpicos, e não se ocupou de investimentos, nem da gestão de empresas, após essa data", garantiu Andrea Saul, porta-voz de Romney.

O Bain Capital enfatizou que Romney "não tem nenhum tipo de ligação com a administração ou as atividades de investimento da firma ou das empresas de seu portfólio desde o dia de sua partida".

Mais tarde, a equipe de campanha de Barack Obama mencionou o assunto em uma entrevista coletiva. "Mitt Romney é o candidato mais furtivo a uma eleição presidencial desde Richard Nixon", provocou Stephanie.

O advogado da equipe de Obama, Bob Bauer, assinalou que a desvinculação do Bain Capital em 1999, reivindicada por Romney, "contradiz diretamente os documentos certificados da SEC (órgão que regulamenta o mercado de ações americano), o que poderia ter consequências judiciais muito graves".

No que se refere às atividades de Romney no Bain Capital, "não é uma boa qualificação para conduzir uma economia nacional que uma das coisas em que se tem experiência seja transferir empregos americanos para o exterior", comentou Stephanie.

Neste sentido, o chefe de campanha do candidato republicano, Matt Rhoades, criticou a porta-voz do chefe da Casa Branca por suas palavras "temerárias e sem fundamento", e pediu a Obama "desculpas pelo comportamento fora de controle de sua equipe".

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