Roberto Azevedo segue na disputa por chefia da OMC
Uma fonte diplomática disse que a corrida inclui agora dois latino-americanos --o mexicano Hermínio Blanco e o brasileiro Roberto Azevedo
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 17h21.
Genebra - O grupo de candidatos à presidência da Organização Mundial do Comércio ( OMC ) diminuiu para cinco nesta quinta-feira, reduzindo a disputa a duas regiões e desencadeando uma possível disputa pelo apoio da África após a primeira de três rodadas de competição.
Uma fonte diplomática disse que a corrida inclui agora dois latino-americanos --o mexicano Hermínio Blanco e o brasileiro Roberto Azevedo-- e três candidatos da região Ásia-Pacífico: o neozelandês Tim Groser, o sul-coreano Taeho Bark e a indonésia Mari Pangetsu, única mulher ainda sob consideração.
Representantes dos candidatos foram convocados para ouvir os resultados da primeira rodada numa reunião a portas fechadas na sede da OMC em Genebra.
A "troika" de três embaixadores da OMC que preside a disputa planeja tornar públicos os resultados na sexta-feira e apresentar um cronograma para a segunda rodada, que deve levar a corrida a um duelo final, cujo vencedor sucederá Pascal Lamy como chefe da organização em 1º de setembro deste ano.
Alguns diplomatas dizem que o cargo é um cálice envenenado por vem com pouco poder para dirigir a OMC, uma organização que é guiada por decisões consensuais de seus 159 membros e enfrenta dificuldades para negociar reformas nas regras comerciais, em meio a uma enorme desaceleração do comércio mundial.
No entanto, a posição é cobiçada porque o sistema incomum da OMC, de regras convencionais e soluções de controvérsias, torna a organização um árbitro entre nações e um influente entidade global, ao lado do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Diplomatas baseados em Genebra disseram que a disputa entre nove candidatos torna impossível prever o eventual vencedor, especialmente já que muitos governos devem favorecer candidatos de regiões específicas.
Antes do início do processo de seis meses em dezembro, alguns diplomatas defenderam que o próximo chefe da organização viesse da África ou da América Latina. Pascal Lamy rejeitou a ideia, afirmando que não há base geográfica para a escolha.
Mas com a queniana Amina Mohamed e o ganês Alan Kyerematen fora da contenda, o apoio africano provavelmente se tornará um importante alvo de disputa dos candidatos remanescentes.
A partida da costa-riquenha Anabel Gonzalez significa que os dois latino-americanos remanescentes terão que disputar a supremacia, já que é pouco provável que ambos continuem até a última rodada.
O outro candidato descartado, o jordaniano Ahmed Hindawi, foi o primeiro candidato de uma nação árabe na história de 18 anos da OMC.
A disputa pode favorecer agora a indonésia Mari Pangetsu, que seria a primeira mulher a liderar a OMC, e Groser, que sobreviveu apesar de que um neozelandês já exerceu o cargo, o que observadores acreditavam contar contra ele.
Mas a insistência da OMC em consenso significa que qualquer oposição forte de um membro pode essencialmente ser utilizada como um veto, tornando o resultado final incerto.
Genebra - O grupo de candidatos à presidência da Organização Mundial do Comércio ( OMC ) diminuiu para cinco nesta quinta-feira, reduzindo a disputa a duas regiões e desencadeando uma possível disputa pelo apoio da África após a primeira de três rodadas de competição.
Uma fonte diplomática disse que a corrida inclui agora dois latino-americanos --o mexicano Hermínio Blanco e o brasileiro Roberto Azevedo-- e três candidatos da região Ásia-Pacífico: o neozelandês Tim Groser, o sul-coreano Taeho Bark e a indonésia Mari Pangetsu, única mulher ainda sob consideração.
Representantes dos candidatos foram convocados para ouvir os resultados da primeira rodada numa reunião a portas fechadas na sede da OMC em Genebra.
A "troika" de três embaixadores da OMC que preside a disputa planeja tornar públicos os resultados na sexta-feira e apresentar um cronograma para a segunda rodada, que deve levar a corrida a um duelo final, cujo vencedor sucederá Pascal Lamy como chefe da organização em 1º de setembro deste ano.
Alguns diplomatas dizem que o cargo é um cálice envenenado por vem com pouco poder para dirigir a OMC, uma organização que é guiada por decisões consensuais de seus 159 membros e enfrenta dificuldades para negociar reformas nas regras comerciais, em meio a uma enorme desaceleração do comércio mundial.
No entanto, a posição é cobiçada porque o sistema incomum da OMC, de regras convencionais e soluções de controvérsias, torna a organização um árbitro entre nações e um influente entidade global, ao lado do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Diplomatas baseados em Genebra disseram que a disputa entre nove candidatos torna impossível prever o eventual vencedor, especialmente já que muitos governos devem favorecer candidatos de regiões específicas.
Antes do início do processo de seis meses em dezembro, alguns diplomatas defenderam que o próximo chefe da organização viesse da África ou da América Latina. Pascal Lamy rejeitou a ideia, afirmando que não há base geográfica para a escolha.
Mas com a queniana Amina Mohamed e o ganês Alan Kyerematen fora da contenda, o apoio africano provavelmente se tornará um importante alvo de disputa dos candidatos remanescentes.
A partida da costa-riquenha Anabel Gonzalez significa que os dois latino-americanos remanescentes terão que disputar a supremacia, já que é pouco provável que ambos continuem até a última rodada.
O outro candidato descartado, o jordaniano Ahmed Hindawi, foi o primeiro candidato de uma nação árabe na história de 18 anos da OMC.
A disputa pode favorecer agora a indonésia Mari Pangetsu, que seria a primeira mulher a liderar a OMC, e Groser, que sobreviveu apesar de que um neozelandês já exerceu o cargo, o que observadores acreditavam contar contra ele.
Mas a insistência da OMC em consenso significa que qualquer oposição forte de um membro pode essencialmente ser utilizada como um veto, tornando o resultado final incerto.