Revoltas na Tunísia e Egito são 'despertar islâmico', diz Khamenei
Líder do Irã comparou os eventos no mundo árabe com a revolução islâmica em seu país, ocorrida em 1979
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2011 às 19h44.
Madri - As revoltas populares na Tunísia e no Egito são um "sinal do despertar islâmico" no mundo, afirmou nesta sexta-feira o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que desqualificou o ex-presidente tunisiano e o chefe do Estado egípcio por seus vínculos com o Ocidente.
"Os eventos atuais no norte da África, no Egito, Tunísia e outros países têm uma significação particular para nós", declarou Khamenei durante a oração da sexta-feira na Universidade de Teerã.
O líder comparou a situação atual nesses dois países com o triunfo da revolução islâmica no Irã, em 1979, e se referiu a ambos os casos como "o despertar islâmico".
Khamanei afirmou que o Ocidente instalou líderes servis nos países para construir sistemas corruptos no Oriente Médio, segundo divulgou a televisão estatal "PressTV".
De acordo com o líder iraniano, o ex-presidente tunisiano Zine el Abidine Ben Ali dependia dos Estados Unidos e inclusive da CIA, e se referiu ao chefe do Estado egípcio, Hosni Mubarak, como um "lacaio do regime sionista", em referência a Israel.
Após as manifestações populares que no mês passado acabaram com o regime de Ben Ali na Tunísia, os protestos tiveram início no Egito, onde milhares de pessoas pedem nas ruas a saída do presidente Hosni Mubarak.