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Resultado de eleição pode impulsionar campanha de Hillary

Vitória dos republicanos aumentou as possibilidades presidenciais para 2016 entre três dos governadores mais destacados do partido

Estados Unidos: holofote político rapidamente se voltará para a corrida presidencial de 2016 (Chris Keane/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 09h49.

Nova York - A vitória dos republicanos nas eleições legislativas e estaduais dos Estados Unidos aumentou as possibilidades presidenciais para 2016 entre três dos governadores mais destacados do partido, mas democratas disseram que pode haver esperança para uma eventual candidatura de Hillary Clinton à Casa Branca.

As perdas democratas podem dar à ex-secretária de Estado norte-americana uma chance de assumir o papel de líder do partido das mãos do combalido presidente Barack Obama e estabelecer sua imagem como a salvadora do partido Democrata em 2016.

Os resultados da votação de terça-feira foram amplamente vistos mais como um referendo sobre a liderança de Obama do que como uma grande rejeição às políticas dos democratas.

Mas os sucessos republicanos também podem ajudar a lançar as campanhas presidenciais dos governadores John Kasich, de Ohio, e Scott Walker, de Wisconsin, que venceram duras batalhas de reeleição, além de Chris Christie, de Nova Jersey, que fez campanha nacionalmente pelo partido como líder da Associação de Governadores Republicanos.  Com as eleições agora fora do caminho, o holofote político rapidamente se voltará para a corrida presidencial de 2016. Hillary é a clara pré-candidata democrata, frente a pelo menos uma dúzia de potenciais concorrentes republicanos.

Aliados dela dizem que o controle republicano de ambas as casas do Congresso pela primeira vez desde 2006 daria a Hillary a oportunidade de se diferenciar dos republicanos, ao passo que se distanciaria de Obama.  A tarefa de criar alguma distância de Obama foi simplificada pela natureza retumbante da vitória republicana na terça-feira, disse o consultor democrata Hank Sheinkopf.  “As pessoas não amam o presidente hoje, nem deveriam amar”, disse.

“Será mais fácil agora (para Hillary se distanciar)." E se legisladores apoiados pelo Tea Party, ala mais conservadora do Partido Republicano, como o senador pelo Texas Ted Cruz, outro potencial concorrente em 2016, se confrontarem com a liderança republicana do Senado, Hillary pode absorver ganhos sobre qualquer resultado político, disseram aliados.

“Devido aos desafios de um Congresso republicano e o presidente encontrarem pontos em comum para trabalhar, é provável que haja contínua paralisação e frustração sobre a falta de atividade em Washington para tratar de necessidades urgentes”, disse Chris Lehane, estrategista democrata que trabalhou com Bill Clinton na Casa Branca.

“Estando fora do governo, ela terá a capacidade de deixar claro que não é apenas alguém com uma grande ideia - e sim alguém com histórico de conseguir fazer as coisas."

Possíveis empecilhos

Mas, embora Hillary seja uma aposta popular dos democratas, os candidatos que ela apoiou não necessariamente se saíram bem nas urnas.  Dos 26 candidatos para os quais Hillary levantou fundos ou apareceu ao lado em público, 12 venceram e 13 perderam. A senadora por Louisiana Mary Landrieu, com a qual Hillary fez campanha no começo de novembro, irá para o segundo turno contra o republicano Bill Cassidy.

Entre os candidatos fracassados ao Senado apoiados por Hillary estão Kay Hagan, da Carolina do Norte, Michelle Nunn, da Geórgia, Bruce Braley, de Iowa, e Alison Lundergan Grimes, de Kentucky.  Além disso, por ter servido como secretária de Estado de Obama, Hillary nem sempre terá muita facilidade de se distanciar da imagem e das políticas do presidente.  Republicanos foram rápidos em apontar os fracassos dela e de associá-la às perdas dos democratas.

“Os eleitores hoje enviaram uma mensagem para o presidente Obama e para Hillary Clinton, rejeitando suas políticas e, em muitos casos, seus candidatos”, tuitou o senator Rand Paul, de Kentucky, também considerando possível candidato republicano em 2016.

O Comitê Nacional Republicano divulgou um memorando intitulado “Políticas de Hillary estavam nas Urnas”.  Para os republicanos, as vitórias em duras corridas pela reeleição em Estados acirrados como Wisconsin e Ohio favoreceram bastante Walker e Kasich, ao passo que associação de governadores liderada por Christie teve um papel essencial para o lado republicano.  “O que foi inesperado foi quantos governadores republicanos venceram”, disse o estrategista republicano Kevin Madden, que trabalhou na campanha de Mitt Romney em 2012 para a presidência, perdida para Obama.

Christie usou sua posição na associação para provar que ainda é politicamente relevante, após um escândalo em janeiro em seu Estado Nova Jersey, durante o qual autoridades próximas ao governador foram acusadas de ordenar o fechamento de vias de entrada a uma movimentada ponte de acesso à cidade de Nova York, causando grandes congestionamentos, a fim de punir um prefeito local que não havia endossado a eleição de Christie no Estado.

As rodas de levantamento de recursos promovidas por Christie ajudaram os republicanos, na terça-feira, a conseguir vitórias sobre Estados tradicionalmente democratas ou muitas vezes equilibrados, como Flórida, Illinois, Michigan, Maryland e Massachusetts.

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Nova York - A vitória dos republicanos nas eleições legislativas e estaduais dos Estados Unidos aumentou as possibilidades presidenciais para 2016 entre três dos governadores mais destacados do partido, mas democratas disseram que pode haver esperança para uma eventual candidatura de Hillary Clinton à Casa Branca.

As perdas democratas podem dar à ex-secretária de Estado norte-americana uma chance de assumir o papel de líder do partido das mãos do combalido presidente Barack Obama e estabelecer sua imagem como a salvadora do partido Democrata em 2016.

Os resultados da votação de terça-feira foram amplamente vistos mais como um referendo sobre a liderança de Obama do que como uma grande rejeição às políticas dos democratas.

Mas os sucessos republicanos também podem ajudar a lançar as campanhas presidenciais dos governadores John Kasich, de Ohio, e Scott Walker, de Wisconsin, que venceram duras batalhas de reeleição, além de Chris Christie, de Nova Jersey, que fez campanha nacionalmente pelo partido como líder da Associação de Governadores Republicanos.  Com as eleições agora fora do caminho, o holofote político rapidamente se voltará para a corrida presidencial de 2016. Hillary é a clara pré-candidata democrata, frente a pelo menos uma dúzia de potenciais concorrentes republicanos.

Aliados dela dizem que o controle republicano de ambas as casas do Congresso pela primeira vez desde 2006 daria a Hillary a oportunidade de se diferenciar dos republicanos, ao passo que se distanciaria de Obama.  A tarefa de criar alguma distância de Obama foi simplificada pela natureza retumbante da vitória republicana na terça-feira, disse o consultor democrata Hank Sheinkopf.  “As pessoas não amam o presidente hoje, nem deveriam amar”, disse.

“Será mais fácil agora (para Hillary se distanciar)." E se legisladores apoiados pelo Tea Party, ala mais conservadora do Partido Republicano, como o senador pelo Texas Ted Cruz, outro potencial concorrente em 2016, se confrontarem com a liderança republicana do Senado, Hillary pode absorver ganhos sobre qualquer resultado político, disseram aliados.

“Devido aos desafios de um Congresso republicano e o presidente encontrarem pontos em comum para trabalhar, é provável que haja contínua paralisação e frustração sobre a falta de atividade em Washington para tratar de necessidades urgentes”, disse Chris Lehane, estrategista democrata que trabalhou com Bill Clinton na Casa Branca.

“Estando fora do governo, ela terá a capacidade de deixar claro que não é apenas alguém com uma grande ideia - e sim alguém com histórico de conseguir fazer as coisas."

Possíveis empecilhos

Mas, embora Hillary seja uma aposta popular dos democratas, os candidatos que ela apoiou não necessariamente se saíram bem nas urnas.  Dos 26 candidatos para os quais Hillary levantou fundos ou apareceu ao lado em público, 12 venceram e 13 perderam. A senadora por Louisiana Mary Landrieu, com a qual Hillary fez campanha no começo de novembro, irá para o segundo turno contra o republicano Bill Cassidy.

Entre os candidatos fracassados ao Senado apoiados por Hillary estão Kay Hagan, da Carolina do Norte, Michelle Nunn, da Geórgia, Bruce Braley, de Iowa, e Alison Lundergan Grimes, de Kentucky.  Além disso, por ter servido como secretária de Estado de Obama, Hillary nem sempre terá muita facilidade de se distanciar da imagem e das políticas do presidente.  Republicanos foram rápidos em apontar os fracassos dela e de associá-la às perdas dos democratas.

“Os eleitores hoje enviaram uma mensagem para o presidente Obama e para Hillary Clinton, rejeitando suas políticas e, em muitos casos, seus candidatos”, tuitou o senator Rand Paul, de Kentucky, também considerando possível candidato republicano em 2016.

O Comitê Nacional Republicano divulgou um memorando intitulado “Políticas de Hillary estavam nas Urnas”.  Para os republicanos, as vitórias em duras corridas pela reeleição em Estados acirrados como Wisconsin e Ohio favoreceram bastante Walker e Kasich, ao passo que associação de governadores liderada por Christie teve um papel essencial para o lado republicano.  “O que foi inesperado foi quantos governadores republicanos venceram”, disse o estrategista republicano Kevin Madden, que trabalhou na campanha de Mitt Romney em 2012 para a presidência, perdida para Obama.

Christie usou sua posição na associação para provar que ainda é politicamente relevante, após um escândalo em janeiro em seu Estado Nova Jersey, durante o qual autoridades próximas ao governador foram acusadas de ordenar o fechamento de vias de entrada a uma movimentada ponte de acesso à cidade de Nova York, causando grandes congestionamentos, a fim de punir um prefeito local que não havia endossado a eleição de Christie no Estado.

As rodas de levantamento de recursos promovidas por Christie ajudaram os republicanos, na terça-feira, a conseguir vitórias sobre Estados tradicionalmente democratas ou muitas vezes equilibrados, como Flórida, Illinois, Michigan, Maryland e Massachusetts.

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