Restringir viagens por tipo de vacina pode ser discriminação, alerta Opas
Como as taxas de vacinação estão aumentando, países enfrentam novas dúvidas sobre como conter a disseminação da covid-19 ao mesmo tempo em que aliviam as restrições de viagem
Reuters
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 18h18.
Os países deveriam permitir a entrada de viajantes vacinados, seja qual fora a vacina que receberam, para evitar a discriminação e facilitar o turismo e negócios, disse uma autoridade de alto escalão da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira.
Como as taxas de vacinação estão aumentando, países enfrentam novas dúvidas sobre como conter a disseminação da Covid-19 ao mesmo tempo em que aliviam as restrições de viagem pela pandemia.
Que tal viajar mais no mundo pós-pandemia? Conheça o curso de liberdade financeira da EXAME Academy
Na semana passada, os Estados Unidos disseram que reabrirão a fronteira terrestre com o México, a mais movimentada do mundo, mas só permitirão a entrada de pessoas que foram inoculadas com vacinas autorizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), deixando de fora duas vacinas muito usadas no país vizinho: a russa Sputnik V e uma da chinesa Cansino Biologics.
"É muito importante que países consigam chegar a acordos bilaterais, multilaterais, para que todas as vacinas que estão sendo usadas possam ser aceitas", disse o diretor-assistente da Opas, Jarbas Barbosa, em uma coletiva de imprensa.
"Isso pode facilitar o turismo, pode facilitar os negócios, é do interesse da sociedade."
Recusar pessoas com base em sua vacina poderia impactar viajantes injustamente, argumentou ele, acrescentando: "Isto sem dúvida poderia criar um tipo de discriminação."
Milhões de mexicanos foram vacinados com doses da Sputnik V e da Cansino. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que pedirá à OMS que acelere as aprovações.
Quer saber tudo sobre a retomada econômica? Assine a EXAME e saiba mais.