Mundo

Restos de vítimas do 11-9 acabaram em despejo

Pentágono reconheceu ter extraviado partes de cadáveres em duas ocasiões em 2009, e ter manipulado indevidamente outros sem consultar as famílias das vítimas

Revisão não especificou o número de restos humanos das vítimas do 11 de Setembro que foram eliminados dessa maneira (Michael Foran / Wikimedia Commons)

Revisão não especificou o número de restos humanos das vítimas do 11 de Setembro que foram eliminados dessa maneira (Michael Foran / Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 21h35.

Washington - Os restos de algumas das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, que não puderam ser identificados, foram enviados ao necrotério da base da Força Aérea em Dover, onde foram incinerados e jogados em um despejo, revela nesta terça-feira um relatório encomendado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Pentágono).

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, ordenou em novembro passado investigar a gestão do necrotério militar de Dover, local aonde chegam os corpos dos soldados mortos no Iraque e Afeganistão, depois da divulgação de extravio e manipulação indevida de alguns restos.

O relatório revela que alguns fragmentos dos restos mortais de vítimas do 11 de Setembro que morreram no ataque contra o Pentágono e no avião que caiu no campo de Shanksville (Pensilvânia), e que não puderam ser identificados na época, foram enviados em um contêiner a Dover, onde foram queimados e descartados.

Após uma investigação interna, o Pentágono reconheceu no ano passado ter extraviado partes de cadáveres em duas ocasiões em 2009, e ter manipulado indevidamente outros sem consultar as famílias das vítimas. Por isso, Panetta determinou a criação de um comitê para analisar a gestão do necrotério e emitir pareceres.

A revisão, dirigida pelo general reformado John Abizaid, não especificou o número de restos humanos das vítimas do 11 de Setembro que foram eliminados dessa maneira. Segundo o relatório, tratam-se de restos que não puderam ser identificados porque eram pequenos demais ou porque estavam carbonizados e não havia condições para análises de DNA. 

Acompanhe tudo sobre:11-de-SetembroAtaques terroristasEstados Unidos (EUA)MortesPaíses ricosTerrorismo

Mais de Mundo

Grécia vai construir a maior 'cidade inteligente' da Europa, com casas de luxo e IA no controle

Seis mortos na Nova Caledônia, onde Exército tenta retomar controle do território

Guerra nas estrelas? EUA ampliam investimentos para conter ameaças em órbita

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos essenciais, diz diretora do Fed

Mais na Exame