Espanha: o menino de dois anos está preso no poço desde o dia 13 de janeiro (Jon Nazca/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 09h24.
Málaga - A operação de resgate do menino Julen completa nesta quarta-feira dez dias de trabalho sem intervalo, dia e noite, e sem deixar de enfrentar os obstáculos que vão surgindo no entorno do poço de Totalán, em Málaga, no sul da Espanha, onde o pequeno caiu no último dia 13.
Os técnicos já não fazem estimativas de prazos para o resgate do menino de dois anos e os operários estão perfurando novamente o túnel vertical de 60 metros paralelo ao poço com o objetivo de resolver as irregularidades que ontem impediram que a equipe de resgate ultrapassasse os 40 metros, o último contratempo da operação.
Assim que a perfuração for concluída, os operários farão o revestimento do túnel para que a brigada de salvamento em minas possa entrar por ele com o objetivo de escavar no fundo, e de forma manual, uma galeria horizontal de quatro metros que o conecte ao poço onde acredita-se que está o pequeno, uma tarefa que deve durar cerca de 24 horas.
A brigada de salvamento descerá pelo túnel em um elevador criado para esta ocasião e trabalhará na galeria em condições extremas pela falta de espaço, luz e oxigênio, com ferramentas manuais. Além disso, talvez seja necessário realizar pequenas explosões, dependendo da rigidez do material.
Mais de 300 pessoas continuam em turnos os trabalhos, dia e noite e sem intervalo, coordenados pelo engenheiro Ángel García, que afirmou ontem em seu último pronunciamento à imprensa: "Cada vez sentimos que estamos mais perto de Julen".