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Rescisão de anistia migratória de Trump é cruel, diz Obama

Em um raro comentário sobre o cenário político política, Obama usou o Facebook para condenar a decisão de Trump e pediu que o Congresso intervenha

Trump e Obama: "Atingir estes jovens é errado - porque eles não fizeram nada de errado" (Kevin Lamarque/Reuters)
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AFP

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 17h16.

Última atualização em 5 de setembro de 2017 às 17h39.

O ex-presidente americano, Barack Obama , criticou a decisão de seu sucessor, Donald Trump, de por fim a uma anistia para 800 mil pessoas que chegaram ilegalmente aos Estados Unidos ainda menores, descrevendo a medida como "equivocada", "contraproducente" e "cruel".

Em um raro comentário sobre o cenário político política, Obama usou o Facebook para condenar a decisão de Trump e pediu que o Congresso intervenha.

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"Atingir estes jovens é errado - porque eles não fizeram nada de errado. É contraproducente porque eles querem começar novos negócios, trabalhar em nossos laboratórios, servir em nossas Forças Armadas, e por outro lado, contribuem com o país que amamos. Isto é cruel", escreveu Obama.

"E se a professora de ciências de seu filho ou sua vizinha amistosa for uma 'Dreamer' [como são denominados estes migrantes]? Aonde devemos mandá-la? A um país que ela não conhece ou se lembra, com uma língua que ela não consegue sequer falar?", prosseguiu.

Obama, que atualmente está terminando seu livro de memórias, prometeu antes de deixar o gabinete que se manifestaria se Trump viesse a desmontar a lei de anistia, introduzida em 2012, durante o primeiro mandato de seu antecessor.

Trump argumentou que a norma era legalmente falha, e que ele deveria priorizar os americanos nascidos nos Estados Unidos.

Obama criticou esta posição.

"Sejamos claros: a ação tomada hoje não é legalmente necessária. É uma decisão política e é uma questão moral", afirmou.

"Quaisquer preocupações ou queixas que os americanos tenham sobre a imigração em geral, não devemos ameaçar o futuro deste grupo de jovens que não estão aqui por sua culpa, não representam ameaça, não estão tirando nada do restante de nós", acrescentou.

"Cabe aos membros do Congresso proteger estes jovens e nosso futuro", concluiu.

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