Relatórios apontaram problemas antes de acidente de trem
A Auditoria Geral da Nação denunciou graves irregularidades no serviço e no controle estatal sobre a empresa concessionária Trens de Buenos Aires (TBA)
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 20h45.
Buenos Aires - As autoridades argentinas ignoraram sucessivos relatórios da Auditoria Geral da Nação e da Comissão Reguladora do Transporte sobre os graves problemas do serviço ferroviário antes do acidente de trem que custou a vida de 51 pessoas na semana passada, segundo a imprensa local.
A Auditoria Geral da Nação elaborou um relatório sobre a rede ferroviária que será submetido à aprovação nesta quarta-feira e no qual denunciou graves irregularidades no serviço e no controle estatal sobre a empresa concessionária Trens de Buenos Aires (TBA), intervinda ontem pelo governo após o acidente.
O citado relatório, segundo a emissora de televisão 'TN', concluiu que boa parte dos acidentes registrados nas linhas controladas pela TBA nos últimos anos são responsabilidade da empresa.
Além disso, a Comissão Nacional de Regulação do Transporte entregou ao governo há um ano outro relatório sobre as carências estruturais das linhas Sarmiento e Mitre, também administradas pela TBA.
O documento denuncia problemas no sistema de sinalização e telecomunicações, no cabo da rede elétrica, falta de manutenção nos trens e 'falhas preocupantes do ponto de vista da segurança, por sua gravidade e repetição', segundo o jornal 'La Nación'.
'A infraestrutura entregue em concessão (a TBA) apresenta grandes diferenças em relação às exigências estabelecidas contratualmente, e tanto suas rotinas de manutenção como os meios humanos e materiais resultam insuficientes para reverter uma situação de sustentada queda', destacou o relatório.
O documento ressaltou também a necessidade de desenvolver um plano para reduzir a velocidade perante as 'falhas irreversíveis' apresentadas pelas vias.
Entre 2008 e 2009, a TBA recebeu multas no valor de US$ 1,5 milhão e foi responsabilizada de mais de 60 descarrilamentos, segundo o jornal.
Propriedade dos irmãos Cirigliano, a TBA é um dos grupos de transporte mais poderosos do país e seu nome apareceu vinculado com ex-funcionários kirchneristas atualmente investigados por corrupção, como Ricardo Jaime, que foi secretário de Transportes do ex-presidente Néstor Kirchner e de sua esposa e sucessora, Cristina Kirchner.
A justiça investiga as causas do acidente que na quarta-feira passada deixou 51 mortos e mais de 700 feridos quando um trem procedente da província de Buenos Aires não freou e se chocou contra uma plataforma da estação Once, uma das três maiores de Buenos Aires.
Buenos Aires - As autoridades argentinas ignoraram sucessivos relatórios da Auditoria Geral da Nação e da Comissão Reguladora do Transporte sobre os graves problemas do serviço ferroviário antes do acidente de trem que custou a vida de 51 pessoas na semana passada, segundo a imprensa local.
A Auditoria Geral da Nação elaborou um relatório sobre a rede ferroviária que será submetido à aprovação nesta quarta-feira e no qual denunciou graves irregularidades no serviço e no controle estatal sobre a empresa concessionária Trens de Buenos Aires (TBA), intervinda ontem pelo governo após o acidente.
O citado relatório, segundo a emissora de televisão 'TN', concluiu que boa parte dos acidentes registrados nas linhas controladas pela TBA nos últimos anos são responsabilidade da empresa.
Além disso, a Comissão Nacional de Regulação do Transporte entregou ao governo há um ano outro relatório sobre as carências estruturais das linhas Sarmiento e Mitre, também administradas pela TBA.
O documento denuncia problemas no sistema de sinalização e telecomunicações, no cabo da rede elétrica, falta de manutenção nos trens e 'falhas preocupantes do ponto de vista da segurança, por sua gravidade e repetição', segundo o jornal 'La Nación'.
'A infraestrutura entregue em concessão (a TBA) apresenta grandes diferenças em relação às exigências estabelecidas contratualmente, e tanto suas rotinas de manutenção como os meios humanos e materiais resultam insuficientes para reverter uma situação de sustentada queda', destacou o relatório.
O documento ressaltou também a necessidade de desenvolver um plano para reduzir a velocidade perante as 'falhas irreversíveis' apresentadas pelas vias.
Entre 2008 e 2009, a TBA recebeu multas no valor de US$ 1,5 milhão e foi responsabilizada de mais de 60 descarrilamentos, segundo o jornal.
Propriedade dos irmãos Cirigliano, a TBA é um dos grupos de transporte mais poderosos do país e seu nome apareceu vinculado com ex-funcionários kirchneristas atualmente investigados por corrupção, como Ricardo Jaime, que foi secretário de Transportes do ex-presidente Néstor Kirchner e de sua esposa e sucessora, Cristina Kirchner.
A justiça investiga as causas do acidente que na quarta-feira passada deixou 51 mortos e mais de 700 feridos quando um trem procedente da província de Buenos Aires não freou e se chocou contra uma plataforma da estação Once, uma das três maiores de Buenos Aires.