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Relação estremecida? EUA conclui que príncipe saudita mandou matar jornalista

Jamal Khashoggi, morador dos EUA que escrevia artigos de opinião para o jornal Washington Post nos quais criticava as políticas do príncipe herdeiro, foi morto e esquartejado em 2018

Jamal Khashoggi: jornalista foi assassinado em 2018 (Chris McGrath / Equipe/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2021 às 17h01.

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, aprovou uma operação para capturar ou matar o jornalista dissidente Jamal Khashoggi, que foi assassinado em 2018, de acordo com uma avaliação antes confidencial da inteligência dos Estados Unidos que foi divulgada nesta sexta-feira de maneira calculada para limitar o dano nas relações bilaterais.

Khashoggi, morador dos EUA que escrevia artigos de opinião para o jornal Washington Post nos quais criticava as políticas do príncipe herdeiro, foi morto e esquartejado por uma equipe de agente ligados ao príncipe herdeiro no consulado do reino em Istambul.

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Riad nega qualquer envolvimento do príncipe herdeiro, o governante de fato da Arábia Saudita.

"Avaliamos que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Muhammad bin Salman, aprovou uma operação em Istambul, na Turquia, para capturar ou matar o jornalista saudita Jamal Khashoggi", disse o escritório do diretor de Inteligência Nacional em um relatório publicado em seu site.

"Baseamos esta avaliação no controle do príncipe herdeiro sobre a tomada de decisão no reino, no envolvimento direto de um conselheiro importante e de membros da equipe de segurança de Muhammad bin Salman na operação e no apoio do príncipe herdeiro ao uso de medidas violentas para silenciar dissidentes no exterior, inclusive Khashoggi".

Washington coreografou os acontecimentos para suavizar o golpe. Na quinta-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, conversou com o pai de 85 anos do príncipe herdeiro, rei Salman, uma ligação na qual os dois lados disseram ter reafirmado sua aliança de décadas e prometido cooperação.

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